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INVESTIMENTOS
Existem produtos para todos os perfis de investidor; aplicação deve ser feita por seis meses, no mínimo
Há novas opções para a diversificação
DA REPORTAGEM LOCAL
Já que a ordem dos analistas para os investidores é diversificar as
aplicações ao máximo e promover um alongamento de sua poupança, não perca mais tempo.
Novos e antigos produtos já estão
nas prateleiras como opções para
aqueles que ainda não definiram
sua nova estratégia de aplicação.
Entre as novidades estão investimentos voltados para quem pode deixar o dinheiro aplicado ao
longo dos próximos seis meses,
no mínimo. Fundos em euro, Fiex
(Fundos de Investimentos no Exterior) e fundos atrelados ao IRF-M (Índice de Renda Fixa do Mercado) são algumas das indicações
dos analistas.
Esse último é recomendado aos
investidores mais conservadores
que ainda não se animaram a investir em fundos com maior risco,
mas que querem ter um ganho
maior que o CDI.
Até o momento, apenas duas
instituições, a CEF (Caixa Econômica Federal) e o Pactual, lançaram fundos atrelados ao IRF-M.
"É um fundo voltado para quem
quer investir pensando no médio
e longo prazos", diz Jorge Luiz
Ávila, diretor de fundos da CEF.
"Se o investidor aplicar só por um
mês, pode ter rentabilidade pior
que a do CDI."
O IRF-M é um índice baseado
na rentabilidade dos títulos públicos prefixados em circulação.
Num investimento superior a seis
meses, esse fundo tende a render
mais que o CDI porque tem em
carteira papéis de mais longo prazo e que, consequentemente,
apresentam ganho maior.
O risco dessa aplicação é a taxa
de juros voltar a subir. "Esse fundo trabalha 100% prefixado, diferentemente dos fundos atrelados
ao CDI, que podem ter títulos
pós-fixados", diz Ávila.
O fundo IRF-M do Pactual tem
como meta superar o indicador. É
um fundo ativo voltado para os
investidores que apostam numa
queda dos juros. Na CEF, o fundo
só estará sendo comercializado
em fevereiro, com aplicação mínima de R$ 5.000. No Pactual, o investimento inicial é R$ 50.000.
Os fundos Fiex investem em papéis da dívida externa brasileira,
como os C-Bonds. Para Luis
Stuhlberger, gestor da Hedging-Griffo, esses fundos ficaram mais
interessantes depois que o câmbio passou a ser flutuante.
Longo prazo
"Com o câmbio flutuante, a correlação entre "bradies" (papéis da
dívida externa) e dólar é inversa,
ou seja, quando os papéis caem, o
câmbio sobe, o que funciona como um amortecedor."
Stuhlberger diz que, mesmo se
os títulos da dívida externa não se
valorizem, o investidor ganhará
com a valorização do dólar. "Esse
fundo proporciona também um
"hedge" (proteção) cambial", diz.
Para Hércules Antonio Xavier,
gerente de produtos do Banco do
Brasil, a situação econômica atual
do Brasil vem favorecendo a valorização dos títulos da dívida externa. "O risco desse fundo é a
perda da rentabilidade caso ocorra uma deterioração do cenário
econômico atual, o que é pouco
provável", diz.
No BB, a aplicação mínima é de
R$ 2.500, e a taxa de administração chega a 1,5% ao ano. Na Hedging-Griffo, somente investidores
com aplicação a partir de R$ 5.000
podem aplicar no fundo Fiex. A
taxa de administração é 1%.
O Pactual tem um fundo Fiex
em euro. "O fundo é composto
por títulos da dívida externa emitidos em euro, além de títulos de
crédito de empresas", afirma Rodrigo Xavier, sócio da Pactual Asset Management.
"Para quem tem dívidas em euro, mantém fluxo comercial com
a Europa ou mesmo acredita numa valorização dessa moeda, vale
a pena investir", afirma.
Além do Fiex, já há também
uma outra opção na mesma moeda. O Deutsche Bank Investimentos lançou, na última semana, um
fundo indexado ao euro. Esse
produto funciona como um fundo cambial, mas lastreado na
moeda européia. "O fortalecimento da Europa frente aos Estados Unidos deve continuar", diz
Mark Matos, gerente de marketing.
Para os investidores que querem aplicar uma parte dos recursos em ações, analistas sugerem
os fundos multicarteiras. A CEF
vai lançar até o final de janeiro um
fundo multicarteira cuja exposição em Bolsa chegará a até 30%. A
aplicação mínima deverá ser de
R$ 5.000.
Outra modalidade de fundo que
deve ganhar destaque com a perspectiva de crescimento da economia, segundo os analistas, são os
fundos de dividendos. "Esses fundos são indicados para quem quer
entrar em Bolsa, mas não diretamente", diz Eduardo Cavalheiro,
gestor de renda variável da Sudameris Investimentos. Eles têm em
carteira somente empresas que
pagam bons dividendos. "Se o investidor não ganhar com os dividendos, ganhará com a valorização dos papéis."
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