São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 2000


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No rastro da tecelagem Blumenau

DA REDAÇÃO

O investidor Gerson Luiz Polastrini também perdeu o rastro da empresa da qual é acionista, a Tecelagem Blumenau. "Gostaria de vender minhas ações, porém ouvi um boato de que essa empresa foi vendida. Se isso aconteceu, ela não deveria ter comunicado ao mercado como um fato relevante? O novo dono não deveria fazer uma oferta de compra aos minoritários?" , perguntou ele em e-mail enviado à Folha.
Segundo José Manoel Amorim, analista de investimentos da corretora Novação, que rastreou a empresa a pedido da Folha, ela passou a chamar-se TCBLU (Tecelagem Blumenau S/A).
Antes, tinha a razão social Teka do Nordeste S/ A, que procedia da Sociedade Natercia Companhia Têxtil de Natal (RN).
A companhia paralisou totalmente suas atividades em março de 96. A administração, contudo, continuou estudando alternativas de negócios para voltar a operar, tanto que, em 30 de setembro de 97, o controle acionário da companhia foi transferido para a empresa São Bento Têxtil Ltda., com sede na cidade de São Bento, Estado da Paraíba.
A partir dessa data, a empresa vem investindo nas áreas de edificação e maquinário. Isso tornou possível a sua volta às operações, a partir de janeiro de 98, ainda que parcial e experimentalmente, por meio da prestação de serviços de beneficiamento para terceiros em regime de facção.
Na época da mudança do controle acionário, a empresa publicou fato relevante. "Mas a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não tem nos arquivos se a empresa fez oferta aos minoritários, o que não seria obrigatório", diz Amorim. "Solicitei informações à empresa, mas não recebi resposta", acrescenta. Segundo Amorim, se Polastrini quiser vender as ações, poderá procurar uma corretora ou a própria companhia.
Outro que se descuidou de suas ações foi o empresário Wagner Mário Jurgensen, de Americana, interior de São Paulo. "Tenho 45 mil ações da Fibra S/A, adquiridas em dezembro de 90. Não sei quanto valem hoje nem como fazer para vendê-las", diz ele.
A Fibra é uma tecelagem do grupo Vicunha e tem sede em Americana. A Bovespa não tem registro da empresa e, por isso, o investidor terá de negociar os papéis diretamente com ela.


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