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No rastro da tecelagem Blumenau
DA REDAÇÃO
O investidor Gerson Luiz Polastrini também perdeu o rastro da
empresa da qual é acionista, a Tecelagem Blumenau. "Gostaria de
vender minhas ações, porém ouvi
um boato de que essa empresa foi
vendida. Se isso aconteceu, ela
não deveria ter comunicado ao
mercado como um fato relevante?
O novo dono não deveria fazer
uma oferta de compra aos minoritários?" , perguntou ele em e-mail enviado à Folha.
Segundo José Manoel Amorim,
analista de investimentos da corretora Novação, que rastreou a
empresa a pedido da Folha, ela
passou a chamar-se TCBLU (Tecelagem Blumenau S/A).
Antes, tinha a razão social Teka
do Nordeste S/ A, que procedia da
Sociedade Natercia Companhia
Têxtil de Natal (RN).
A companhia paralisou totalmente suas atividades em março
de 96. A administração, contudo,
continuou estudando alternativas
de negócios para voltar a operar,
tanto que, em 30 de setembro de
97, o controle acionário da companhia foi transferido para a empresa São Bento Têxtil Ltda., com
sede na cidade de São Bento, Estado da Paraíba.
A partir dessa data, a empresa
vem investindo nas áreas de edificação e maquinário. Isso tornou
possível a sua volta às operações, a
partir de janeiro de 98, ainda que
parcial e experimentalmente, por
meio da prestação de serviços de
beneficiamento para terceiros em
regime de facção.
Na época da mudança do controle acionário, a empresa publicou fato relevante. "Mas a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não tem nos arquivos se a empresa fez oferta aos minoritários,
o que não seria obrigatório", diz
Amorim. "Solicitei informações à
empresa, mas não recebi resposta", acrescenta. Segundo Amorim, se Polastrini quiser vender as
ações, poderá procurar uma corretora ou a própria companhia.
Outro que se descuidou de suas
ações foi o empresário Wagner
Mário Jurgensen, de Americana,
interior de São Paulo. "Tenho 45
mil ações da Fibra S/A, adquiridas
em dezembro de 90. Não sei
quanto valem hoje nem como fazer para vendê-las", diz ele.
A Fibra é uma tecelagem do
grupo Vicunha e tem sede em
Americana. A Bovespa não tem
registro da empresa e, por isso, o
investidor terá de negociar os papéis diretamente com ela.
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