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FUNDOS DE INVESTIMENTO
Oscilação do câmbio leva instituições a aumentar a oferta de aplicações dolarizadas
Dólar é opção para quem quer risco
da Redação
Nunca foi tão fácil comprar dólares. E nunca foi tão arriscado.
Fácil, porque a oferta de produtos
cambiais está aumentando a cada
dia; arriscado, porque determinar
o valor da moeda é, hoje, o maior
desafio do mercado.
Assim, para quem tem dívidas
em dólar, buscar proteção passou
a ser uma necessidade; para quem
não tem, mas aceita correr risco
na tentativa de engordar seus ganhos, o dólar é, hoje, mais uma alternativa de aplicação.
Nesta semana, a CCF Brain
(Brazilian Assets and Investments
Management) lançará um Fiex
(fundo de investimento no exterior) concentrado em IDU (títulos que correspondem aos juros
da dívida externa).
Na semana passada, a UAM
(Unibanco Asset Management)
lançou seu primeiro fundo cambial, que, à princípio, será distribuído apenas ao público "private" (aplicação mínima de R$ 50
mil). Outros bancos também se
preparam para colocar fundos
cambiais ou Fiex na prateleira.
Mais: estão atentos a carteiras
diferenciadas que vão buscar ganhos em outros mercados. São
carteiras que não vão perseguir
apenas a variação do dólar. Na
prática, é como se o dinheiro do
investidor, aplicado em outros
ativos, estivesse em dólar.
No Fiex do CCF, por exemplo, o
investidor concentrará seus investimentos em IDU. "É uma alternativa de proteção cambial para quem tem dívidas em dólar",
diz Ricardo Nardini, diretor da
CCF Brain. Mas o investidor correrá o risco do IDU.
O IDU é um papel que paga,
atualmente, uma taxa atraente, de
12% em dólar. E não se surpreenda se novos produtos forem lançados direcionados a esse ativo.
Isso porque, como seu vencimento está próximo (2001), é um papel de baixa oscilação (risco) que
pode despertar o apetite de investidores que estão à procura de
aplicações dolarizadas.
Já o fundo cambial da UAM
concentra sua carteira em títulos
do governo federal indexados em
dólar. Sua gestão procura manter
a carteira com prazos muito curtos. "Quanto menor o prazo, melhor a proteção cambial", diz
Marcelo Peano, diretor da UAM.
Nesse caso, trata-se de uma gestão passiva, que busca apenas
perseguir a variação do dólar.
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