São Paulo, segunda, 5 de outubro de 1998

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DÚVIDA
"Pequeno investidor é excluído do mercado de ações"

da Reportagem Local

O cenário é de indefinições, mas a oportunidade de comprar ações em um momento de depreciação de preços tem atraído muitos investidores, como o administrador Carlos Alexandre de Lima.
"Quero comprar ações, mas tenho esbarrado em uma dificuldade: o pequeno investidor está excluído do mercado de capitais", diz ele.
Dispondo de uma quantia de R$ 5.000, Lima tentou algumas vezes obter informações sobre como investir no mercado à vista da Bolsa de Valores. Mas ficou frustrado. "Nenhuma corretora aceitou aplicar meu dinheiro."
Lima também foi orientado, pela maioria delas, a investir em um fundo de ações, que exige aplicações mínimas baixas e oferece menos riscos, pois diversificam seus papéis com maior facilidade.
"Já entrei em um fundo de ações e me arrependi, porque a instituição que aplicou meu dinheiro investia em papéis de empresas que eram verdadeiros desastres", diz.
O que diz a Síntese
Segundo a corretora Síntese, o risco de um pequeno investidor aplicar diretamente no mercado à vista é grande, porque a possibilidade de diversificar sua carteira é reduzida.
"Para se ter uma idéia de como as coisas funcionam na Bolsa, o investidor que quer comprar um lote considerado razoável de ações da Petrobrás (100 mil ações), deve ter, no mínimo, R$ 12 mil", afirma Heitor Hortencio Jr., sócio-diretor da Síntese.
Segundo ele, dada a competitividade do mercado, os administradores de fundos de ações não costumam fazer compras ruins de papéis. "Se a rentabilidade do fundo é baixa, os investidores não pensam duas vezes para mudar para outro."



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