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DÚVIDA
"Pequeno investidor é excluído do
mercado de ações"
da Reportagem Local
O cenário é de indefinições,
mas a oportunidade de comprar ações em um momento de
depreciação de preços tem
atraído muitos investidores,
como o administrador Carlos
Alexandre de Lima.
"Quero comprar ações, mas
tenho esbarrado em uma dificuldade: o pequeno investidor
está excluído do mercado de
capitais", diz ele.
Dispondo de uma quantia de
R$ 5.000, Lima tentou algumas
vezes obter informações sobre
como investir no mercado à
vista da Bolsa de Valores. Mas
ficou frustrado. "Nenhuma
corretora aceitou aplicar meu
dinheiro."
Lima também foi orientado,
pela maioria delas, a investir
em um fundo de ações, que
exige aplicações mínimas baixas e oferece menos riscos,
pois diversificam seus papéis
com maior facilidade.
"Já entrei em um fundo de
ações e me arrependi, porque a
instituição que aplicou meu dinheiro investia em papéis de
empresas que eram verdadeiros desastres", diz.
O que diz a Síntese
Segundo a corretora Síntese,
o risco de um pequeno investidor aplicar diretamente no
mercado à vista é grande, porque a possibilidade de diversificar sua carteira é reduzida.
"Para se ter uma idéia de como as coisas funcionam na
Bolsa, o investidor que quer
comprar um lote considerado
razoável de ações da Petrobrás
(100 mil ações), deve ter, no
mínimo, R$ 12 mil", afirma
Heitor Hortencio Jr., sócio-diretor da Síntese.
Segundo ele, dada a competitividade do mercado, os administradores de fundos de ações
não costumam fazer compras
ruins de papéis. "Se a rentabilidade do fundo é baixa, os investidores não pensam duas
vezes para mudar para outro."
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