Nascido em 1547, em Alcaná de Henares, e morto em 1616, em Madri, é o principal escritor espanhol de todos os tempos e o criador do romance moderno. Suas obras de maior importância são as "Novelas Exemplares", de 1613 (no Brasil, pela Ediouro), e, em especial, "El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha" ("O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha", 1605 e 1615), publicado no Brasil pelas eds. Villa Rica, Abril Cultural e outras.
Nessa obra central para a literatura do Ocidente, traduzida em mais de 60 idiomas e revisitada por inúmeros pintores, músicos e escritores, Cervantes se volta contra o "romance de cavalaria", cuja obsolescência busca explicitar, com rupturas formais -que inauguram uma épica "sui generis", centrada no desenrolar do destino de um sujeito individualizado- e com a matéria do enredo, o retrato irônico da ruína mental a que chega Quixote. Embalado pelas leituras cavaleirescas, Dom Quixote vê dissolvidas as fronteiras entre o real em que vive e as aventuras com que sonha.
Cervantes também compôs poemas ("Canto de Calíope", "Viaje del Parnaso") e peças teatrais.



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