São Paulo, Domingo, 02 de Janeiro de 2000


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Os outros 90 poemas mais votados

12º - Quatro Quartetos, de T.S. Eliot "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

13º - Cantos, de Ezra Pound "Cantos", trad. de José Lino Grünewald, Nova Fronteira (esgotado).

14º - Em Meu Ofício ou Arte Taciturna, de Dylan Thomas (1914-1955) - Nasceu no País de Gales, trabalhou como repórter. Sua poesia, às vezes de tom religioso, revisita temas como a infância e a morte. "Poemas Reunidos" (1934-1953), trad. de Ivan Junqueira, José Olympio, R$ 24,70.

15º - O Cão sem Plumas, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Quando escreveu este poema, no final da década de 40, Cabral julgou que seria o último. O fluxo das memórias e o do rio Capibaribe se fundem nele para fazer um retrato tenso e novo do Recife. "O Cão sem Plumas", Nova Fronteira, R$ 21,00.

16º - Quarta-Feira de Cinzas, de T.S. Eliot "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

17º - Noite Insular, Jardins Invisíveis, de Lezama Lima (1910-1976) - Poeta cubano, fundador da revista "Verbum", em 1937. Em 1959, foi nomeado por Fidel Castro diretor do departamento de literatura e publicações do Conselho Nacional de Cultura. É autor do romance "Paradiso" (1966), lançado no Brasil em 1987. Publicou também os livros de poemas "Morte de Narciso" (1937) e "Inimigo Rumor" (1941). "Poesia Completa", Alianza Editorial, 3.562 pesetas (Espanha).

18º - Campo de Flores, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Desde sua estréia, em 1930, com "Alguma Poesia", Drummond se tornou poeta central para a literatura brasileira. Fechando a segunda seção de "Claro Enigma" (1951), "Campo de Flores" fala do tema do amor na maturidade. "Claro Enigma", Record, R$ 10,40.

19º - Blanco, de Octavio Paz (1914-1998) -Prêmio Nobel de 1990, o mexicano Octavio Paz é o único poeta que tem a mesma dimensão internacional dos ficcionistas latino-americanos. Como poeta, publicou "Pedra de Sol", que, entre outros temas, revisita sua participação na Guerra Civil Espanhola e a experiência poética múltipla deste "Blanco". "Transblanco", trad. de Haroldo de Campos, Siciliano, R$ 25,00.

20º - Leda e o Cisne, de William Butler Yeats "Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.

21º - Jubileu, de Vladímir Maiakóvski (1893-1930) - Nascido na Geórgia, Maiakóvski foi um entusiasta da Revolução Russa, enfrentando o desafio de escrever uma poesia engajada e ao mesmo tempo inovadora e pessoal por meio da "linguagem da rua". Suicidou-se seis anos após escrever "Jubileu". "Maiakóvski", trad. de Haroldo de Campos, Perspectiva, R$ 16,00.

22º - Orfeu. Eurídice. Hermes, de Rainer Maria Rilke "Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.

23º - Esboço de uma Serpente, de Paul Valéry "Poésies", Gallimard, 34 francos (França).

24º - Manhã, de Giuseppe Ungaretti (1888-1970) - Na juventude lutou na Primeira Guerra. Viveu no Brasil entre 1937 e 1942, tendo sido professor da USP. Obra-prima na captação de um momento num poeta que deseja uma poesia reduzida ao mínimo de palavras, eis todo o poema "Manhã", na tradução de Haroldo de Campos: "Deslumbro-me/ de imenso". Publicou, entre outros, "Sentimento do Tempo" (1930), e "A Dor" (1947). "Vita d'un Uomo - Tutte le Poesie", Mondadori, 24.000 liras (Itália).

25º - Os Doze, de Aleksandr Blok (1880-1921) - Filho de intelectuais, Blok é considerado o grande poeta simbolista russo. A partir da fracassada revolução de 1905, sua poesia ganhou um realismo que se vê em "Os Doze" (1918) e que descreve a marcha de 12 soldados sobre a cidade. "Poesia Russa Moderna", trad. de Boris Schnaiderman e Haroldo de Campos.

26º - O Fogo de Cada Dia, de Octavio Paz (1914-1998) "Obra Poética (1935-1988)", Seix Barral, 3.800 pesetas (Espanha).

27º - Sutra do Girassol, de Allen Ginsberg (1926-1997) - Neste poema, Ginsberg fala de si ao lado de seu companheiro de geração "beatnik", Jack Kerouac (1922-1969). Sua linguagem torrencial, cheia de referências pessoais, dá conta do que é típico em Ginsberg, que criou celeuma já com seu livro de estréia, "Uivo e Outros Poemas" (1956), cujo poema-título chegou a ser proibido por obscenidade. "Uivo, Kaddish e Outros Poemas", trad. de Cláudio Willer, L&PM, R$ 20,00.

28º - Romanceiro Gitano, de Federico García Lorca "Obra Poética Completa", trad. de William Agel de Mello. 29º - Poema do Fim, de Marina Tzvietáieva (1892-1941) - Nome central da moderna poesia russa e européia, colocou-se em sua poesia contra a Revolução Russa e, mais tarde, contra o fascismo. Ao ver o marido ser fuzilado e a filha mandada para um campo de concentração, suicidou-se. Poemas da autora saíram em "Poesia Sempre" nº 7, em trad. de Augusto e Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax 0/ xx/21/220-4173).

30º - Ode Marítima, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa "Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00; "Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.

31º - A Pantera, de Rainer Maria Rilke "Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.

32º - As Jovens Parcas, de Paul Valéry "Linguaviagem", trad. de Augusto de Campos, Cia. das Letras, R$ 21,00.

33º - A Torre, de William Butler Yeats "The Tower", Penguin, 3,99 libras (Reino Unido). Uma tradução de Augusto de Campos para o poema foi publicada no Mais! em 14/6/98.

34º - Xenia, de Eugenio Montale (1896-1981) - Ganhador do Nobel de 1975, o poeta italiano desejou ser cantor lírico, mas foi impedido pela Primeira Guerra. Sua poesia às vezes se aproxima da prosa, tal o uso que faz de elementos não-poéticos. "Poesias", trad. de Geraldo Holanda Cavalcanti, Record, R$ 25,00.


Os mais citados O poeta Rainer Maria Rilke foi, com Fernando Pessoa (incluindo seus heterônimos Alberto Caeiro e Álvaro de Campos), o autor com mais menções -seis- no ranking dos cem poemas mais importantes do século


35º - A Segunda Vinda, de William Butler Yeats "Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.

36º - A Enguia, de Eugenio Montale (1896-1981) "Poesias", trad. de Geraldo Holanda Cavalcanti, Record.

37º - De Todas as Obras, de Bertolt Brecht (1898-1956) - O principal interesse do escritor alemão foi o teatro, que revolucionou, mas escreveu poesia por toda a vida.
"Poemas - 1913-1956", trad. de Paulo César Souza, Brasiliense (esgotado).

38º - Cortejo, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complètes", Gallimard, 290 francos (França).

39º - Stretto, de Paul Celan (1920-1970) -Poeta romeno de expressão alemã, Celan chegou a ser preso num campo de concentração. Suicidou-se em Paris. "Cristal", trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras, R$ 24,00.

40º - brIlha, de e.e. cummings (1894-1962) - O lado mais conhecido de sua poesia está nos poemas em que trabalha com a tipografia, decompondo as palavras e introduzindo uma série de sinais, em especial parênteses. "Poem(a)s", trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves, R$ 17,00.

41º - Trilce, de Cesar Vallejo (1892-1938) - O peruano Vallejo teve a marca simbolista típica de sua geração na juventude. Posteriormente, notabilizou-se por sua poesia de cunho social, mas jamais abriu mão do impulso experimental, visível neste "Trilce" (1922). "Trilce", Cátedra, 1.142 pesetas (Espanha).

42º - Altazor, de Vicente Huidobro (1893-1947) - Chileno, Huidobro viveu em Paris e Madri. "Altazor" é um longo poema em que se mostra bem, em invenções vocabulares e livres associações, o caráter experimental de sua poesia. "Altazor e Outros Poemas", trad. de Antônio Risério e Paulo César Souza, ArtEditora, R$ 22,50.

43º - Fragmento, de Miklos Radnoti (1909-1944) - Em seu país, a Hungria, Radnoti é um mártir do Holocausto, já que foi fuzilado pelos nazistas. Pode ser encontrado em inglês em "Foamy Sky - The Major Poems of Miklos Radnoti", trad. de Frederick Turner e Zsuzsanna Ozsvath, Books on Demand, US$ 60,80.

44º - Dói Demais, de Attila József (1905-1937) - Húngaro, foi membro do então ilegal Partido Comunista e disse sobre si mesmo ser o poeta do proletariado. Fez de sua mãe, uma lavadeira, símbolo da classe trabalhadora. Pode ser encontrado em inglês em "Winter Night", trad. de John Batki, Oberlin College Press, US$ 14.95.

45º - No Túmulo de Christian Rosencreutz, de Fernando Pessoa "Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.

46º - Ode Inacabada à Lama, de Francis Ponge (1899-1988) - Poeta francês que buscou afastar a poesia do eu, aproximando-a dos objetos. O mais conhecido de seus livros é "O Parti-Pris das Coisas" (1942). "Oeuvres Complètes", Gallimard, 390 francos (França).

47º - O Torso Arcaico de Apolo, de Rainer Maria Rilke Não há tradução brasileira disponível.

48º - Os Passos Longínquos, de Cesar Vallejo (1892-1938) "Obra Poetica Completa", Alianza, 2.010 pesetas (Espanha).

49º - El Hombre, de William Carlos Williams (1883-1963) - O poeta norte-americano foi escritor prolífico, autor de peças, contos e romances, além de poemas. "Poemas", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 17,20.

50º - Meus Versos São de Chumbo, de Jaroslav Seifert (1901-1986) - Foi o primeiro autor tcheco a ganhar, em 1984, o Prêmio Nobel. Há outros poemas do autor na antologia "Céu Vazio", trad. de Aleksandar Jovanovic, Hucitec, R$ 25,00.


Unânime O poema "O Cemitério Marinho", do francês Paul Valéry, foi o único citado por todos os dez membros do júri. Ele ficou na terceira colocação. "The Waste Land", de T.S. Eliot, o ganhador da eleição, recebeu votos de oito críticos


51º - A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade "Claro Enigma", Record.

52º - A Ponte, de Hart Crane (1899-1932) - Escrito em 1930, este poema longo em 15 partes é a tentativa de fazer um épico moderno que celebrasse o poder humano de reunir passado e presente. "Complete Poems of Hart Crane", W.W. Norton, R$ 13,95.

53º - Dia de Outono, de R. M. Rilke "Poemas", trad. José Paulo Paes, Companhia das Letras.

54º - Treze Maneiras de Olhar para um Melro, de Wallace Stevens (1879-1955) -Um dos mais importantes poetas norte-americanos, sua poesia é numas vezes discursiva, noutras bem concisa. "Poemas", trad. de Paulo Henriques Brito, Companhia das Letras, R$ 21,00.

55º - Domingo de Manhã, de Wallace Stevens "Poemas", Companhia das Letras.

56º - Sonetos a Orfeu, de R. M. Rilke "Poemas", Companhia das Letras.

57º - Vigília, de Giuseppe Ungaretti Em "Poesia Alheia", trad. Nelson Ascher, Imago.

58º - Perfil Grego, de Iannis Ritsos (1909-1990) - Comunista, o poeta grego foi preso pelos nazistas; depois, sua militância política lhe custaria o exílio. Há outros poemas do autor em "Gaveta do Tradutor", trad. de José Paulo Paes, Letras Contemporâneas, R$ 25,00.

59º - Poema dos Dons, de Jorge Luis Borges (1899-1986) - O grande autor do "boom" latino-americano, o argentino é muito mais lembrado por seus contos do que por sua refinada poesia. "Obras Completas", vol. 2, trad. de Josely Vianna Baptista, Globo, R$ 44,00.

60º - O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa - Segundo Pessoa, Caeiro nasceu em 1889 e era um homem inculto que sempre viveu numa aldeia. É reconhecido como o mestre dos outros heterônimos e do próprio Pessoa. "Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00.

61º - nalgum lugar em que nunca estive, de e.e. cummings (1894-1962) "Poem(a)s", trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves, R$ 17,00.

62º - Omeros, de Derek Walcott (1930) -Poeta caribenho de expressão inglesa, ganhador do Nobel em 1992, procura criar uma arte que dê conta da fusão cultural de sua região. "Omeros", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 29,00.

63º - Degraus, de Hermann Hesse (1877-1962) - Autor do romance "O Lobo da Estepe" (1927), como poeta não dispensou um certo sentimentalismo ao explorar temas como a infância, a solidão. Ganhou o Nobel em 1946. "Gesammelte Werke", Suhrkamp, 148 marcos (Alemanha).

64º - A Serguei Iessiênin, de Vladímir Maiakóvski (1893-1930) "Poemas", Perspectiva.

65º - O Duro Cerne da Beleza, de William Carlos Williams "Poemas", trad. José Paulo Paes, Companhia das Letras.

66º - Sestina: Altaforte, de Ezra Pound "Poesia", Hucitec.

67º - Argumentum et Silentio, de Celan "Gesammelte Werke - Gedichte", Suhrkamp, 49,80 marcos (Alemanha).

68º - Encantação pelo Riso, de Vielimir Klebnikov (1885-1922) - Poeta russo considerado o líder do cubo-futurismo. "Poesia Russa Moderna", Brasiliense.

69º - Anabase, de Saint-John Perse (1887-1975) - Pseudônimo do diplomata francês Alexis Léger. Teve sua nacionalidade cassada na Segunda Guerra quando foi viver nos EUA. Só regressou a seu país em 1957. Ganhou o Nobel em 1960. "Éloges", Gallimard, 40 francos.

70º - Voz a Ti Devida, de Pedro Salinas (1892-1951) - O poeta espanhol notabilizou-se com seus poemas de amor. "Voz a Ti Debida", Losada, 617 pesetas.


As únicas A norte-americana Elizabeth Bishop é uma das únicas cinco mulheres a ter uma obra na lista dos cem poemas da literatura universal. As outras são Marianne Moore, Anna Akhmátova, Marina Tzvetáieva e Wislawa Szymborska


71º - Réquiem, de Ana Akhmátova (1888-1966) - Fundadora do acmeísmo, corrente que se situa entre o simbolismo e o futurismo, a poeta russa foi considerada decadente durante a época do "realismo socialista". Sua poesia refinada e melancólica, mostra-se inteira em "Réquiem", um conjunto de pequenos poemas escritos entre 1925 e 1930. "Réquiem e Outros Poemas", Art Editora (esgotado).

72º - As Janelas, de Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complètes" (Gallimard).

73º - A Ponte Mirabeau, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complètes".

74º - Oxford, de W.H. Auden (1907-1973) - O poeta britânico compartilhou com T.S. Eliot o pessimismo sobre o presente, mas não celebrou o passado: sendo homem da esquerda, viu o futuro com os olhos da utopia. Tematizou o amor homossexual e a religião. "Poemas", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 21,00.

75º - Em Memória de Yeats, de W.H. Auden "Poemas", Companhia das Letras.

76º - Briggflatts, de Basil Bunting (1900-1985) - É o poeta inglês mais conhecido nos Estados Unidos. Só se projetou em seu país aos 66 anos, com "Briggflatts", poema autobiográfico em que procurou explorar os aspectos linguísticos e antropológicos de sua região natal. "The Complete Poems", Oxford University Press, 11,99 libras (Reino Unido).

77º - No Centenário de Mondrian, de João Cabral de Melo Neto "Obra Poética", Nova Aguilar.

78º - Serpente, de D.H. Lawrence (1885-1930) - O ficcionista, crítico e poeta inglês ficou conhecido por romances como "Filhos e Amantes" (1913) e "O Amante de Lady Chatterley" (1928), processado como pornográfico. A divulgação de sua melhor poesia se fez postumamente. "The Complete Poems", Penguin, US$ 24,95.

79º - Áporo, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) "A Rosa do Povo", Record.

80º - Dizer Tudo, de Paul Éluard (1895-1952) - Na adolescência, o francês Éluard teve tuberculose e foi companheiro de tratamento e de leitura de poesia do brasileiro Manuel Bandeira num sanatório na Suíça. Foi um dos grandes mestres do surrealismo. "Oeuvres Complètes 1913-1953" (2 vols.), Gallimard, 700 francos (França).

81º - Liberdade, de Paul Éluard (1895-1952) Em "Gaveta do Tradutor", trad. de José Paulo Paes, Ed. Letras Contemporâneas.

82º - Morte sem Fim, de José Gorostiza (1901-1973) - O poeta mexicano preferiu, de maneira geral, o poema curto, mas este "Morte sem Fim" (1931) é um texto longo em que reaparecem as grandes essências que ele mesmo definiu como suas prediletas -amor, morte, Deus. "Poesia Completa", Fondo de Cultura Economica, 2.284 pesetas (Espanha).

83º - Romance Sonâmbulo, de Federico García Lorca "Obra Poética Completa", Martins Fontes.

84º - Pedra de Sol, de Octavio Paz "Pedra de Sol", Guanabara, R$ 13,00 (esgotado).

85º - Autopsicografia, de F. Pessoa "Obra Poética", Nova Aguilar.

86º - Os Cisnes Selvagens de Coole, de William Butler Yeats "Poemas", Companhia das Letras.

87º - Canção do Mal-Amado, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complètes" (Gallimard).

88º - Sobre a Poesia Moderna, Wallace Stevens "Poemas", Companhia das Letras.

89º - Sobre o Pobre BB, de Bertolt Brecht Em "Poesia Alheia", trad. de Nelson Ascher, Imago.

90º - Tristia, de Óssip Mandelstam (1891-1938) - Nasceu em Varsóvia e, muito jovem, esteve em Paris, aproximando-se do simbolismo francês. Mais tarde, tornou-se participante de destaque do acmeísmo. Há outro poema do autor na revista "Poesia Sempre" nº 7, abril/99, trad. de Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax 0/xx/21/220-4173).

91º - Miniatura Medieval, de Wislawa Szymbosrka (1923) - A escritora polonesa ganhou o Prêmio Nobel de 1996. Estreou em 1952 com "Por Isso Vivemos" e pertence a uma rica geração de artistas poloneses, entre os quais se inclui o cineasta Andrzej Wajda. Há outros poema do autora em "Poesia Alheia" (Imago) e na antologia "Céu Vazio" (Hucitec).

92º - Fuga sobre a Morte, de Paul Celan "Cristal", trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras, R$ 24,00.

93º - Ode ao Rei do Harlem, de Federico García Lorca "Obra Poética Completa", M. Fontes.

94º - Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) - Apesar de ter se suicidado com apenas 26 anos, pôde escrever o suficiente para ser o principal autor português do início do século, ao lado de Fernando Pessoa. "Poesia", Iluminuras, R$ 24,00. "Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.

95º - Os Peixes, de Marianne Moore (1887-1972) - Norte-americana, foi professora universitária. Virtuose da versificação, trabalhou com a decomposição dos versos e da sintaxe. "Poemas", trad. de José Antônio Arantes, Companhia das Letras, R$ 21,00.

96º - Provérbios e Cantares, de Antonio Machado (1876-1939) - Nascido em Sevilha, passou seus anos de formação em Madri. A extrema simplicidade formal da poesia de Machado esconde, porém, uma grande complexidade. "Poesias Completas", Espasa Calpe, 1.005 pesetas (Espanha).

97º - As Ratazanas, de Georg Trakl (1887-1914) - O austríaco foi um expressionista que enlouqueceu com os horrores da Primeira Guerra, na qual serviu como enfermeiro. "Poemas à Noite", trad. de Marco Lucchesi, Topbooks, R$ 18,00.

98º - A Outra Tradição, de John Ashberry (1927) - Poeta americano que pertenceu à chamada Escola de Nova York. Sua poesia é auto-referencial e expressa uma visão de mundo cética, mas que não perde o humor. Há outro poema do autor em "Poesia Alheia", trad. de Nelson Ascher, Imago.

99º - Acalanto, de Elizabeth Bishop (1911-1979) - A escritora norte-americana viveu no Brasil em Ouro Preto e no Rio de Janeiro por 16 anos. Além de poesia, escreveu contos, memórias e tem uma rica obra em cartas. "Poemas", trad. de Horácio Costa, Companhia das Letras, R$ 21,00.

100º - Homem e Mulher Passam pelo Pavilhão de Cancerosos, de Gottfried Benn (1886-1956) - A poesia inicial deste autor alemão é expressionista. Sua poesia madura, como a reunida no volume "Poemas Estáticos" (1948), é hermética e niilista. Em "Poesia Alheia", Imago.


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