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Saiba+
DA REDAÇÃO
Os Sertões" é o relato
mais famoso da
Guerra de Canudos
(de novembro de 1896 a outubro de 1897), que terminou com o massacre pelas
Forças Armadas do povoado liderado por Antônio
Conselheiro (1830-97).
O livro de Euclydes da
Cunha é dividido em três
partes: "A Terra", "O Homem" e "A Luta". A primeira descreve o clima semiárido, a caatinga e as secas.
A análise segue o cientificismo do século 19. Em "O
Homem", o autor faz um estudo do sertanejo ou, em
suas palavras, dos "traços
mais expressivos das sub-raças sertanejas". Euclydes
é influenciado pela tese de
que Conselheiro sofresse de
insanidade, expressa pelo
médico Raimundo Nina
Rodrigues em "A Loucura
Epidêmica de Canudos".
Ao narrar os combates, o
escritor evidencia o fanatismo das partes: os soldados
cultuavam a memória do
marechal Floriano Peixoto
assim como os jagunços
aclamavam o Conselheiro.
Para o crítico Sergio Paulo Rouanet, o texto traz
uma "dialética negativa":
opõe o arcaísmo a uma inexorável modernização, sem
exaltá-la; mostra militares
arcaicos impondo a modernidade de maneira brutal.
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