São Paulo, domingo, 02 de agosto de 2009

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DA REDAÇÃO

Os Sertões" é o relato mais famoso da Guerra de Canudos (de novembro de 1896 a outubro de 1897), que terminou com o massacre pelas Forças Armadas do povoado liderado por Antônio Conselheiro (1830-97).
O livro de Euclydes da Cunha é dividido em três partes: "A Terra", "O Homem" e "A Luta". A primeira descreve o clima semiárido, a caatinga e as secas.
A análise segue o cientificismo do século 19. Em "O Homem", o autor faz um estudo do sertanejo ou, em suas palavras, dos "traços mais expressivos das sub-raças sertanejas". Euclydes é influenciado pela tese de que Conselheiro sofresse de insanidade, expressa pelo médico Raimundo Nina Rodrigues em "A Loucura Epidêmica de Canudos".
Ao narrar os combates, o escritor evidencia o fanatismo das partes: os soldados cultuavam a memória do marechal Floriano Peixoto assim como os jagunços aclamavam o Conselheiro.
Para o crítico Sergio Paulo Rouanet, o texto traz uma "dialética negativa": opõe o arcaísmo a uma inexorável modernização, sem exaltá-la; mostra militares arcaicos impondo a modernidade de maneira brutal.


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