São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2005

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MORAL
Tenho a pretensão de poder fazer um julgamento moral de qualquer coisa. Não que eu me considere bom. Creio que, como todo mundo, considero-me exatamente no centro e julgo as pessoas boas ou más conforme elas sejam melhores ou piores que eu. Não paro de fazer julgamentos morais sobre todo mundo em minha vida. No âmbito de um romance é mais difícil porque começamos a buscar desculpas. Descrever um personagem totalmente sacana não é factível além de um certo número de páginas. O que é uma constatação moralmente deprimente. O romance não é decididamente um gênero moral. Todo mundo acaba mais ou menos por se tornar medianamente simpático ou medianamente antipático.


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