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Conheça os outros 90 romances mais votados
11º - A Morte de Virgílio (1945) -
Hermann Broch (1886-1951). Relógio
d'Água (Portugal).
Escritor austríaco. Concebida enquanto
o autor estava preso pelos nazistas, a
obra é um longo monólogo interior do
poeta latino Virgílio.
12º - Coração das Trevas (1902) -
Joseph Conrad (1857-1924). Ediouro
(R$ 12,00).
Escritor ucraniano de língua inglesa. Em
busca de um mercador de marfim que
desapareceu na selva africana, o capitão
Marlowe o encontra inteiramente louco
e cultuado como um deus pelos nativos.
13º - O Estrangeiro (1942)
- Albert
Camus (1913-1960). Record (R$ 17,00).
Obra que consagrou o autor francês de
origem argelina (Nobel de 1957) ao tratar do absurdo da existência. Aparentemente sem motivação -"por causa do
sol"-, Mersault mata um árabe durante
passeio pela praia. Julgado e condenado
à morte, resigna-se a seu destino.
14º - O Inominável (1953) - Samuel
Beckett (1906-1989). Nova Fronteira
(R$ 14,00).
Conclusão da trilogia do dramaturgo irlandês, após "Molloy" e "Malone Morre".
Reduzido a uma condição precária de
existência -sem nome-, o narrador
busca se apropriar da identidade de dois
outros personagens, Mahood e Worm.
Beckett ganhou o Nobel em 1969.
15º - Cem Anos de Solidão (1967) -
Gabriel García Márquez (1928). Record
(R$ 22,00).
Colombiano, ganhou o Nobel em 1990.
A saga de duas famílias no povoado fictício de Macondo é o pretexto para o autor
construir uma alegoria da situação da
América Latina. Obra que projetou internacionalmente o "realismo mágico".
16º - Admirável Mundo Novo
(1932) - Aldous Huxley (1894-1963).
Globo (R$ 5,50).
Inglês. Alegoria sobre as sociedades administradas e sem liberdade. Em um futuro indefinido, todos os nascimentos
são "de proveta" e os cidadãos são vigiados. Nascido de uma mulher, John se torna uma ameaça por sua diferença.
17º - Mrs. Dalloway (1925) - Virginia
Woolf (1882-1941). Penguin Books
(EUA).
Inglesa. A partir de um fato banal -a
compra de flores para uma festa-, Mrs.
Dalloway relembra sua vida -como a
relação com a filha e uma antiga paixão.
18º - Ao Farol (1927) - Virginia Woolf.
Ediouro (R$ 15,00).
Um passeio da família Ramsay a um farol,
frustrada pelo mau tempo, torna-se
imagem da sensação de perda que percorre a obra: logo após irrompe a Primeira Guerra e a morte atingirá os Ramsay.
19º - Os Embaixadores (1903) -
Henry James (1891-1980). Oxford University Press ("The Embassadors", Reino
Unido).
Tema central do escritor americano, o
confronto entre a mentalidade puritana
dos EUA a cultura "fin-de-siècle" européia dá o tom nesta história sobre americano que vai a Paris para trazer de volta
rapaz seduzido pela capital francesa.
20º - A Consciência de Zeno (1923) -
Italo Svevo (1861-1928). Minerva (Portugal).
Após várias tentativas malogradas para
deixar de fumar, Zeno Cosini segue o
conselho de seu psicanalista e decide escrever a história de sua vida, fazendo um
retrato impiedoso da burguesia italiana.
21º - Lolita (1958) - Vladimir Nabokov
(1899-1977). Cia. das Letras (R$ 25,00).
Russo naturalizado americano. O professor quarentão Humber apaixona-se
pela adolescente Lolita. Para tê-la próxima, casa-se com sua mãe, que morre em
um acidente de carro. Os dois se tornam
então amantes.
23º - O Leopardo (1958) - Tomaso di
Lampedusa (1896-1957). L&PM (R$
13,40).
Único romance do autor italiano. No século 19, em uma Sicília dominada por
clãs familiares, o aristocrático Fabrizio
Salina recusa-se a ver a decadência de
sua classe, anunciada pelas convulsões
sociais que vão levar a Itália à unificação.
24º - 1984 (1949) - George Orwell
(1903-1950). Companhia Editora Nacional (R$ 22,00).
Inglês. Nesta sombria alegoria passada
em futuro que seria o ano de 1984, cidadãos estão submetidos à autoridade
onipresente do "Big Brother" e proibidos de manifestar sua individualidade.
25º - A Náusea (1938) - Jean-Paul Sartre (1905-1980). Nova Fronteira (R$
23,00).
Nesta obra que tornou o filósofo Sartre
mundialmente conhecido, o herói Roquentin, sentado num banco de praça
em uma cidade do interior, subitamente
deixa de ver sentido no mundo e passa a
ter consciência do "mal-estar de existir".
Francês, Sartre recusou o Nobel em 64.
26º - O Quarteto de Alexandria
(1957-1960) - Lawrence Durrell
(1912-1990). Ulisseia (Portugal).
Inglês de origem indiana. Tetralogia em
que a mesma história de política, amor e
perversão é contada de quatro óticas diferentes, em quatro diferentes romances : "Justine", "Balthazar", "Mountolive" e "Clea".
27º - Os Moedeiros Falsos (1925) -
André Gide (1869-1951). Gallimard
("Les Faux-Monnayeurs", França).
Edouard mantém um "diário do romance", a partir do qual pretende escrever
um romance -"Moedeiros Falsos". A
obra criou o "mise-en-abîme" -técnica
em que a personagem se duplica dentro
do romance. Francês, recebeu o Nobel
em 1947.
28º - Malone Morre (1951) - Samuel
Beckett. Edições Dom Quixote (Portugal).
Segundo livro da trilogia do autor. Moribundo em um leito de hospital, Malone
reflete sobre sua vida.
29º - O Deserto do Tártaros (1940) -
Dino Buzzati (1906-1972). Mondadori
("Il Deserto dei Tartari", Itália)
Italiano. O tenente Drogo é enviado ao
longínquo e decadente forte Bastiani, situado na fronteira pacificada de um país
que nunca é nomeado. Lá, todos aguardam há décadas o ataque improvável
dos tártaros e a desilusão se torna regra.
30º - Lord Jim (1900) - Joseph Conrad
(1857-1924). Publicações Europa-América (Portugal).
Conrad narra a história de um marinheiro atormentado pelo remorso de ter permitido o naufrágio de seu navio.
31º - Orlando (1928) - Virginia Woolf.
Ediouro (R$ 12,00).
A autora inglesa imagina sua amiga, a
também escritora Vita-Sackville West,
vivendo nos três séculos anteriores.
32º - A Peste (1947) - Albert Camus.
Record (R$ 22,00).
Epidemia assola Orán, na Argélia. A cidade é isolada e muitos morrem. Escrita logo após o fim da Segunda Guerra, a obra
reflete sobre como indivíduos reagem à
morte iminente, ao isolamento e ao vácuo de sentido que se abre em suas vidas.
33º - O Grande Gatsby (1925) - Scott
Fitzgerald (1896-1940). Relógio d'Água
(Portugal).
Americano. Vivendo de negócios ilícitos, Jay Gatsby revê antiga paixão, Daisy,
agora casada com o milionário Tom Buchanan. Tornam-se amantes, mas Daisy
e o marido acabarão por envolver Gatsby
em intriga que o levará a um fim trágico.
34º - O Tambor (1959) - Günter Grass
(1927). Vintage Books ("The Tin Drum",
EUA).
Obra em que o autor alemão narra a ascensão do nazismo. Internado em um
manicômio, Oskar relembra sua vida
desde os três anos, quando decidiu parar
de crescer por ódio aos pais e ao mundo
adulto.
35º - Pedro Páramo (1955) - Juan
Rulfo (1918-1986). Paz e Terra (R$
19,50).
Mexicano. Nesta obra que prenuncia o
"realismo mágico", Juan chega a Comala em busca do paradeiro do pai, Pedro
Páramo. Mas, ao descobrir que o povoado é habitado apenas por mortos, Juan
morre aterrorizado. Enterrado, outros
fantasmas irão lhe contar a vida de seu
pai.
36º - Viagem ao Fim da Noite
(1932) - Louis-Ferdinand Céline
(1894-1961). Cia. das Letras (R$ 30,00).
Francês. Após ser ferido na Primeira
Guerra, Bardamu conhece a americana
Lola, com quem viaja para os EUA. Passado na França, África e nos EUA, a obra critica as guerras e o colonialismo.
37º - Berlin Alexanderplatz (1929)
- Alfred Döblin (1878-1957). Rocco (R$
42,00).
Alemão. Obra que abriu novas possibilidades ao gênero ao utilizar técnicas de
montagem e justaposição para construir, nos anos 20, uma Berlim multifacetada, por onde transitam personagens
esmagadas pela engrenagem social.
38º - Doutor Jivago (1957) - Boris
Pasternak (1890-1960). Itatiaia (R$
15,90).
Um amplo painel da Rússia nas três primeiras décadas deste século, desde a crise do czarismo até a implantação do comunismo. O autor foi perseguido pelo
regime comunista soviético, que o forçou a recusar o Prêmio Nobel de 1958.
39º - Molloy (1951) - Samuel Beckett
(1906-1989). Nova Fronteira (R$ 19,00).
Primeiro obra da trilogia. Relembrando
suas viagens, os narradores Molloy e Moran revelam-se a mesma pessoa, e as viagens, a busca da identidade perdida.
40º - A Condição Humana (1933) -
André Malraux (1901-1976). Record (R$
28,00).
Ambientado em Xangai (China), o romance dramatiza os primeiros levantes
da Revolução Chinesa, em 1927. Francês, Malraux foi ministro da Cultura de
Charles de Gaulle.
41º - O Jogo da Amarelinha (1963) -
Julio Cortázar (1914-1984). Civilização
Brasileira (R$ 41,00).
Argentino. A vida de Oliveira em Paris é o
pretexto para o autor criar um dos romances mais ousados do século 20. Ao
propor possibilidades da leitura dos capítulos fora da ordem sequencial, o narrador delega ao leitor a capacidade de
também "construir" o romance.
42º - Retrato do Artista quando Jovem (1917) - James Joyce. Ediouro (R$
19,90).
De caráter autobiográfico, a obra investiga o processo de formação do artista ao
longo da infância e adolescência do personagem Stephen Dedalus, que será um
dos personagens centrais de "Ulisses".
43º - A Cidade e as Serras (1901) -
Eça de Queirós (1845-1900). Ediouro (R$
7,80).
Principal autor do realismo português,
Eça põe em cena a dicotomia entre campo e cidade, ao contar a história de dois
amigos, um entusiasta da moderna Paris e outro da vida bucólica em Portugal.
44º - Aquela Confusão Louca da Via
Merulana (1957) - Carlo Emilio Gadda
(1893-1973). Record (R$ 11,00).
Neste romance "policial" sobre um roubo de jóias, ambientado nos primeiros
anos do fascismo, o autor italiano radicaliza o uso de jargões, gírias e dialetos.
45º - As Vinhas da Ira (1939) - John
Steinbeck (1902-1968). Record (R$
22,00).
Americano, ganhou o Nobel de 1962.
Marcada por forte crítica social, obra narra a saga de uma família de camponeses
em busca de trabalho na Califórnia.
46º - Auto de Fé (1935) - Elias Canetti
(1905-1994). Nova Fronteira (R$ 42,00).
Búlgaro de língua alemã, ganhou o Nobel de 1981. Obcecado desde a infância
pela idéia de ler e saber tudo, o professor
Kien acaba por morrer queimado em um
incêndio de seus 100 mil livros.
47 º - À Sombra do Vulcão (1947) -
Malcolm Lowry (1909-1957). Ed. Siciliano (R$ 27,00).
Inglês. Incorporando técnicas da linguagem cinematográfica -como
flashbacks e justaposição de imagens e
pensamentos-, a obra narra o périplo
de um velho cônsul alcoólatra por uma
cidadezinha do México.
49º - Macunaíma (1928) - Mário de
Andrade (1893-1945). Scipione (R$
38,00) e Villa Rica (R$ 11,80).
Obra de ficção mais importante do modernismo brasileiro, "Macunaíma", "o
herói sem nenhum caráter", sincretiza o
que Mário de Andrade considerava as
características do povo brasileiro: índio,
negro e branco, desleal, ambicioso, coração mole, corajoso, mas preguiçoso.
50º - O Bosque das Ilusões Perdidas (1913) - Alain Fournier
(1886-1914). Relógio d'Água (Portugal).
A partir da paixão de um estudante por
uma aldeã, o autor francês constrói uma
fábula poética sobre a passagem da infância à adolescência.
51º - Morte a Crédito (1936) -
Louis-Ferdinand Céline (1894-1961).
Nova Fronteira (R$ 31,00).
Fugindo da miséria, Ferdinand deixa sua
casa e se envolve com um inventor fantástico que criou uma forma de plantio
"rádio-telúrico", que provoca a ira dos
agricultores do interior da França. A obra
radicalizou o experimentalismo linguístico de "Viagem ao Fim da Noite".
52º - O Amante de Lady Chatterley
(1928) - D.H. Lawrence (1885-1930).
Graal (R$ 19,00).
Proibido na Inglaterra por 32 anos, acusado de obscenidade, o romance narra a
paixão avassaladora entre a mulher de
um aristocrata inglês e um guarda-caça.
53º - O Século das Luzes (1962) - Alejo Carpentier (1904-1980). Global (R$
27,00).
Cubano. Publicada a princípio em francês, essa crônica histórica se passa na ilha
antilhana de Guadalupe, onde comerciante tenta impor os ideais da Revolução Francesa (1789) em curso na Europa.
54º - Uma Tragédia Americana
(1925) - Theodore Dreiser (1871-1945).
New America Library ("An American Tragedy", EUA).
Escritor americano. Jovem ambicioso e
arrivista planeja matar a namorada que
pode impedir sua ascensão social. Deixa
a idéia de lado, mas a moça acaba morrendo e ele é acusado.
55º - América (1927) - Franz Kafka. Livros do Brasil (Portugal).
Obra inacabada de Kafka, publicada três
anos após sua morte, conta a história de
jovem que é enviado aos EUA pelos pais
depois de engravidar uma empregada.
59º - A Vida - Modo de Usar (1978) -
Georges Perec (1936-1982). Companhia das Letras (R$ 33,00).
Partindo da idéia do quebra-cabeças, o
livro relaciona as vidas e experiências
dos moradores de um edifício em Paris.
Perec participou do grupo de experimentação literária OuLiPo, de Raymond
Queneau.
60º - José e Seus Irmãos
(1933-1943) - Thomas Mann. Ed. Nova
Fronteira (R$ 30,00).
Tetralogia baseada na narrativa bíblica
de Jacó, vendido pelos irmãos aos israelitas: "A História de Jacó", "O Jovem José",
"José no Egito" e "José, o Provedor".
61º - Os Thibault (1921-1940) - Roger Martin du Gard (1881-1958). 2 vols.
Ed. Globo (R$ 39,00).
Neste ciclo de oito romances, os grandes
temas do entre-guerras, como o declínio do espírito religioso e a desilusão
com o socialismo, são encenados por
meio da trajetória de dois irmãos. Francês, ganhou o Prêmio Nobel em 1937.
62º - Cidades Invisíveis (1972) - Italo
Calvino (1923-1985). Companhia das
Letras (R$ 18,00).
O viajante veneziano Marco Polo descreve a Kublai Khan, de modo fabular e
fantasioso, as incontáveis cidades do
império do conquistador mongol.
63º - Paralelo 42 (1930) - John dos Passos
(1896-1970). Ed. Rocco (R$ 27,00).
Inaugurando a trilogia "USA", formada
ainda por "1919" e "Dinheiro Graúdo", a
obra do autor americano descendente
de portugueses traça um painel da América nas primeiras décadas do século.
64º - Memórias de Adriano (1951) -
Marguerite Yourcenar (1903-1987). Ed.
Nova Fronteira (R$ 30,00).
Escritora belga. No século 2º d.C., o imperador romano Adriano, próximo da morte, faz um balanço de sua existência em
carta ao jovem Marco Aurélio.
65º - Passagem para a Índia (1924)
- E.M. Forster (1879-1970). Publicações
Europa-América (Portugal).
Inglês. Na Índia sob dominação britânica, um nacionalista hindu é acusado por
uma inglesa de praticar atos imorais. É
preso e levado a julgamento.
66º - Trópico de Câncer (1934) -
Henry Miller. Ibrasa - Instituição Brasileira de Difusão Cultural (R$ 29,00).
De caráter autobiográfico, a obra recria o
clima de liberdade e inconformismo de
artistas e escritores americanos que viviam em Paris no entre-guerras.
67º - Enquanto Agonizo (1930) -
William Faulkner. Ed. Exped (R$ 20,00).
O périplo da família Bundren para enterrar a mãe em Jefferson é um pretexto para virem à tona -na consciência das
personagens- as desavenças entre irmãos, pai e tios.
68º - As Asas da Pomba (1902) -
Henry James (1843-1916). Ediouro (R$
29,90).
Rapaz é estimulado pela amante maquiavélica a cortejar uma milionária que
está à beira da morte.
69º - O Jovem Törless (1906) - Robert
Musil. Ed. Nova Fronteira (R$ 21,00).
Alemão. Descreve a vida de adolescentes em um internato alemão, onde a severidade do sistema educacional conjuga-se à brutalidade do comportamento
dos alunos.
70º - A Modificação (1957) - Michel
Butor (1926). Minuit ("La Modification",
França).
Narrado inteiramente na segunda pessoa do plural, o livro conta a história de
homem que, em um trem, a caminho de
encontrar a amante em Roma, divide-se
entre o amor dela e o de sua mulher.
71º - A Colméia (1951) - Camilo José
Cela (1916). BCD União de Editoras (R$
35,00).
Espanhol, ganhou o Nobel de 1989. Diversos personagens e histórias se cruzam neste livro em que a verdadeira personagem é a cidade de Madri (Espanha),
logo após a Segunda Guerra.
72º - A Estrada de Flandres (1960) - Claude Simon (1913). Ed. Nova Fronteira (R$ 18,00).
O francês Claude Simon, ligado ao movimento do "roman nouveau" (novo romance), evoca neste livro a derrota da França pelos nazistas em 1940. Ganhou o Prêmio Nobel em 1985.
73º - A Sangue Frio (1966) - Truman Capote (1924-1984). Livros do Brasil (Portugal).
Enviado como jornalista para cobrir um crime real, o autor americano criou um novo gênero -o romance-documento-, que insere na ficção a investigação sistemática da reportagem.
74º - A Laranja Mecânica (1962) - Anthony Burgess (1916-1993). Ediouro (R$ 14,50).
Em uma cidade imaginária, o líder de uma gangue de vândalos é preso e submetido a lavagem cerebral para "descriminalizá-lo". Escritor britânico.
75º - O Apanhador no Campo de Centeio (1951) - J.D. Salinger (1919). Editora do Autor (R$ 24,50).
O americano Salinger retrata o vazio da classe média americana e os dilemas típicos da adolescência nos anos 50 a partir da história de um jovem que vaga sem rumo por Nova York.
76º - Cavalaria Vermelha (1926) - Isaac Babel (1894-1941). Ediouro (R$ 16,50).
De grande força épica, o livro narra a vida repleta de massacres e violência dos soldados russos -os cossacos.
77º - Jean Christophe (1904-12) - Romain Rolland (1866-1944). Ed. Globo (R$ 19,50).
Biografia imaginária de um músico alemão que vai viver na França, mas acaba se decepcionando com a frivolidade da cultura do país.
78º - Complexo de Portnoy (1969) - Philip Roth (1933). Editora L&PM (R$ 10,10).
Americano. Conceito da psiquiatria, "Complexo de Portnoy" tem como eixo garoto judeu obcecado pela mãe e em busca de satisfação sexual, o que acaba por aumentar seu complexo de culpa.
79º - Nós (1924) - Evgueni Ivanovitch Zamiatin (1884-1937). Ed. Antígona (Portugal).
O escritor russo satiriza o regime comunista soviético por meio de uma cidade imaginária onde não existem nem individualismo nem liberdade.
80º - O Ciúme (1957) - Allain Robbe-Grillet (1922). Ed. Minuit ("La Jalousie", França).
Francês. Nesta obra-chave do "nouveau roman", um narrador paranóico investiga a suposta traição da mulher.
81º - O Imoralista (1902) - André Gide (1869-1951). Ed. Gallimard ("L'Imoraliste", França).
Escritor francês. Criado na estrita moral puritana, Michel busca a auto-realização, o que resulta no sacrifício daqueles que o cercam, como a sua mulher.
82º - O Mestre e Margarida (1940) - Mikhail Afanasevitch (1891-1940). Ed. Ars Poética (R$ 24,00).
Escritor russo. Voland -a encarnação do diabo- é internado em um manicômio ao desmascarar os abusos e favoritismos da sociedade russa dos anos 20.
83º - O Senhor Presidente (1946) - Miguel Ángel Asturias (1899-1974). Ed. Losada ("El Señor Presidente", Argentina).
Ganhador do Nobel de 1967, o guatemalteco se tornou um dos pioneiros do "realismo mágico" com esta obra que satiriza um ditador sul-americano.
84º - O Lobo da Estepe (1927) - Herman Hesse (1877-1962). Ed. Record (R$ 17,00).
Escritor alemão. Solitário e em crise existencial, o escritor Harry Haller acaba por conhecer duas pessoas que vão incitá-lo a aceitar a vida em toda a sua plenitude.
85º - Os Cadernos de Malte Laurids
Bridge (1910) - Rainer Maria Rilke
(1875-1926). Editora Siciliano (R$
15,50).
Escritor alemão. Intelectual reflete em
seu diário sobre a morte e a busca de Deus
enquanto se recupera de uma doença.
86º - Satã em Gorai (1934) - Isaac B.
Singer (1904-1991). Ed. Perspectiva (R$
15,00).
No século 17, em uma aldeia da Polônia
assediada por tropas inimigas, um falso
messias anuncia a redenção próxima.
Polonês de língua inglesa, Singer recebeu o Prêmio Nobel em 1978.
87º - Zazie no Metrô (1959) - Raymond Queneau (1903-1976). Ed. Rocco
(R$ 15,00).
Francês, criador nos anos 60 do grupo de
experimentação literária OuLiPo. Enquanto o metrô está em greve, Zazie percorre a cidade de Paris, partilhando a experiência de personagens como uma
viúva, um taxista e um cabeleireiro.
88º - Revolução dos Bichos (1945) -
George Orwell. Editora Globo (R$ 3,70).
Animais de uma fazenda se rebelam
contra seus donos e tomam o poder. Ambicionam realizar uma "sociedade"
igualitária, mas logo se instala uma ditadura, a dos porcos, que submete os demais bichos como faziam os donos humanos.
89º - O Anão - Pär Lagerkvist. Ed. Farrar,
Strauss & Giroux ("Dwarf", EUA).
No século 15, em Florença, um anão conta em um diário como foi encarcerado na
torre do palácio por Lorenzo de Médici
depois de servi-lo por vários anos. O autor sueco ganhou o Nobel em 1951.
90º - A Tigela Dourada (1904) -
Henry James. Oxford University Press
("The Golden Bowl", EUA).
Dividido em duas partes, o livro é um estudo sobre o adultério a partir da ótica de
um aristocrata e de sua mulher.
91º - Santuário - William Faulkner.
Editora Minerva (Portugal).
Um delinquente mata um de seus comparsas e violenta uma jovem, que ele depois obriga a se prostituir. Perseguido
pela polícia, ele é inocentado do crime
pela mulher, que acusa a um outro, que
acaba linchado. A fraqueza da justiça humana, a crueldade e a impotência são alguns dos temas reunidos por Faulkner
neste livro, em que a tragédia grega se
intromete no romance policial, na observação de André Malraux.
92º - A Morte de Artemio Cruz
(1962) - Carlos Fuentes (1928). Ed. Rocco (R$ 22,00).
Escritor mexicano. Inválido e à beira da
morte, o rico e poderoso Artemio Cruz
relembra o seu passado revolucionário.
93º - Don Segundo Sombra (1926) -
Ricardo Güiraldes (1886-1927). Ed. Scipione (R$ 38,00).
De dimensões míticas, obra narra a formação de um jovem por um dos últimos
"gauchos" dos pampas argentinos.
Obra de forte caráter nacionalista.
94º - A Invenção de Morel (1940) -
Adolfo Bioy Casares (1914). Ed. Rocco
(R$ 12,00).
Neste clássico da literatura fantástica, o
autor argentino cria a história de um homem em fuga da Justiça que chega a uma
ilha deserta, onde pouco a pouco realidade e imaginário começam a se misturar.
95º - Absalão, Absalão (1936) - William Faulkner. Editores Reunidos (Portugal).
O passado mítico e trágico de Thomas
Sutpen, que impôs a destruição à velha
aristocracia de uma cidade, é narrado a
partir de três pontos de vista diferentes,
que se contradizem, se anulam ou se
confirmam. O drama familiar, o conflito
racial e a decadência sulina expandem-se em um quadro histórico dos
maiores construídos por Faulkner.
96º - Fogo Pálido (1962) - Vladimir Nabokov (1899-1977). Ed. Teorema (Portugal).
Escritor russo-americano. Após apresentar ao leitor um poema recém-descoberto -"Fogo Pálido"-, o narrador analisa sua estrutura e investiga as motivações que levaram o autor -já morto- a escrevê-lo.
97º - Herzog (1964) - Saul Bellow (1915). Ed. Relógio d'Àgua (Portugal).
Em crise existencial, intelectual passa a enviar cartas a figuras fictícias, como filósofos, políticos, além de Deus e a si mesmo. Americano, ganhou o Nobel em 1976.
98º - Memorial do Convento (1982) - José Saramago (1922). Bertrand (R$ 32,00).
Autor português, ganhou o Nobel em 1998. Durante construção de convento em Portugal no século 18, padre idealiza realizar um engenho voador, a "passarola", o que desagrada a Inquisição.
99º - Judeus sem Dinheiro (1930) - Michael Gold (1893-1967). Editorial Caminho (Portugal).
Membro do Partido Comunista, o escritor americano traça um painel do bairro do Lower East Side, em Nova York, durante as primeiras décadas do século, quando começavam a chegar as primeiras levas de imigrantes judeus.
100º - Os Cus de Judas (1980) - Antonio Lobo Antunes (1942). Ed. Marco Zero (R$ 17,00).
Escritor português. A obra trata de forma sarcástica e irreverente a ditadura salazarista dos anos 70 e as guerras pela libertação das colônias portuguesas na África.
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