"Creio que Sloterdijk, com sua palestra genuinamente fascista, transpôs uma barreira considerada tabu entre intelectuais no pleno gozo de suas faculdades mentais." Assim Jürgen Habermas sintetizou seu repúdio às teses defendidas por Peter Sloterdijk na conferência "Regras para um Parque Humano" (lançado em livro no Brasil pela Estação Liberdade), em julho de 1999. Para Habermas, Sloterdijk pretendia se passar por "biomoralista inofensivo" e escamoteava o trauma histórico do Holocausto. Na palestra, Sloterdijk defendeu a criação de um "código antropotécnico" que regulasse a aplicação da biotecnologia ao aperfeiçoamento da humanidade, como no caso da erradicação de doenças hoje incuráveis. Ele acusou Habermas de estar por trás das pesadas críticas que recebeu da mídia e afirmou que a Escola de Frankfurt, de que Habermas é hoje o principal herdeiro, estava "morta".



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