São Paulo, domingo, 04 de outubro de 2009

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Mais ricos assumem mais ilicitudes

Índices dos que estudaram mais e ganham mais são maiores do que números dos que têm menor escolaridade e renda

DA REDAÇÃO

Os mais ricos, mais escolarizados, mais jovens e os que moram nas regiões Norte e Centro-Oeste foram os que admitiram mais fortemente ter cometido alguma prática ilegítima, de acordo com a pesquisa Datafolha.
Dos entrevistados, 83% reconheceram ter cometido alguma irregularidade. Destes, 7% assumiram ter cometido 11 ou mais das 37 propostas na pesquisa e foram classificados como infratores graves ou pesados; 28% disseram ter cometido entre cinco e dez atos ilegítimos e são infratores médios; 49% reconheceram quatro ou menos atos desse porte e são os infratores leves.
Entre os mais ricos, 97% reconheceram ter cometidos atos ilegítimos, sendo, desses, 17% infratores graves, 42% médios e 37% leves. Entre os mais pobres, 76% afirmaram ter praticado ilicitudes, sendo 4% graves, 19% médias e 54% leves. O reconhecimento de infrações aumenta conforme cresce o rendimento do declarante. Entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos, a taxa é de 87% e, entre os que ganham de 5 a 10 mínimos, é de 95%.
Na estratificação por escolaridade, a admissão de ilicitudes chega a 93% entre os de nível superior, a 91% entre os de nível médio e a 74% entre os que têm o ensino fundamental.
Os jovens são os que mais assumem suas infrações: 93% entre 16 e 24 anos, 91% entre 25 e 34 anos, 82% entre 35 e 44 anos, 80% entre 45 e 59 anos e 59% entre os mais velhos.
No Norte/Centro-Oeste, a taxa é de 90%, contra 85% no Sudeste, 81% no Nordeste e 77% no Sul. Nas capitais, as taxas ficam em 87%, contra 81% no interior.
Por religião, os espíritas são os que assumem mais erros (97%), contra 82% dos evangélicos e 81% dos católicos. Entre os que se dizem sem religião, 92% admitiram ter cometido infrações. Neste grupo, estão os que mais assumiram faltas pesadas, com taxa de 12%.
Na divisão por sexo, 86% dos homens admitiram faltas, contra 80% das mulheres; 11% deles assumem faltas graves, contra 3% delas.
A taxa dos que admitem ilicitudes entre os que estão empregados ou trabalham é de 87%, 12 pontos acima dos 75% que estão desempregados ou não trabalham.


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