|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mais ricos assumem mais ilicitudes
Índices dos que estudaram mais e ganham mais são maiores do que números dos que têm menor escolaridade
e renda
DA REDAÇÃO
Os mais ricos, mais escolarizados, mais jovens e
os que moram nas regiões Norte e Centro-Oeste foram os que admitiram mais
fortemente ter cometido alguma prática ilegítima, de acordo
com a pesquisa Datafolha.
Dos entrevistados, 83% reconheceram ter cometido alguma
irregularidade. Destes, 7% assumiram ter cometido 11 ou
mais das 37 propostas na pesquisa e foram classificados como infratores graves ou pesados; 28% disseram ter cometido entre cinco e dez atos ilegítimos e são infratores médios;
49% reconheceram quatro ou
menos atos desse porte e são os
infratores leves.
Entre os mais ricos, 97% reconheceram ter cometidos
atos ilegítimos, sendo, desses,
17% infratores graves, 42% médios e 37% leves. Entre os mais
pobres, 76% afirmaram ter
praticado ilicitudes, sendo 4%
graves, 19% médias e 54% leves. O reconhecimento de infrações aumenta conforme
cresce o rendimento do declarante. Entre os que ganham de
2 a 5 salários mínimos, a taxa é
de 87% e, entre os que ganham
de 5 a 10 mínimos, é de 95%.
Na estratificação por escolaridade, a admissão de ilicitudes
chega a 93% entre os de nível
superior, a 91% entre os de nível médio e a 74% entre os que
têm o ensino fundamental.
Os jovens são os que mais assumem suas infrações: 93% entre 16 e 24 anos, 91% entre 25 e
34 anos, 82% entre 35 e 44
anos, 80% entre 45 e 59 anos e
59% entre os mais velhos.
No Norte/Centro-Oeste, a
taxa é de 90%, contra 85% no
Sudeste, 81% no Nordeste e
77% no Sul. Nas capitais, as taxas ficam em 87%, contra 81%
no interior.
Por religião, os espíritas são
os que assumem mais erros
(97%), contra 82% dos evangélicos e 81% dos católicos. Entre
os que se dizem sem religião,
92% admitiram ter cometido
infrações. Neste grupo, estão os
que mais assumiram faltas pesadas, com taxa de 12%.
Na divisão por sexo, 86% dos
homens admitiram faltas, contra 80% das mulheres; 11% deles assumem faltas graves, contra 3% delas.
A taxa dos que admitem ilicitudes entre os que estão empregados ou trabalham é de
87%, 12 pontos acima dos 75%
que estão desempregados ou
não trabalham.
Texto Anterior: A Escandinávia é aqui Próximo Texto: Paradoxos morais Índice
|