São Paulo, domingo, 07 de abril de 2002 |
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ET + CETERA A emoção como origem do pensamento "Eu não sabia que existiam pessoas até meus sete anos. E sempre preciso me lembrar disso." A frase, ouvida pelo psicólogo Peter Hobson (da Universidade de Londres) de um jovem autista, ilustraria o que separa o desenvolvimento psicolinguístico "normal" e o "patológico": a aptidão para relações afetivas. A tese, que vai na contramão das que definem o pensamento como uma função comandada por "módulos" cerebrais, é defendida em "The Cradle of Thought" (ed. Macmillan). O inferno é do outro "A Problem from Hell" (Um Problema dos Infernos, ed. Basic Books), expressão com que nomes do governo Clinton teriam se referido à Bósnia conflagrada -justificando a própria omissão-, é título de um livro recém-lançado pela jornalista Samantha Power. Correspondente no conflito dos Bálcãs em 93, ela ouviu mais de 300 políticos de Washington para tentar explicar a "indiferença" histórica dos EUA diante dos genocídios que marcam as últimas décadas do século 20. A nova cidade de Deus A era da informática traz, com seus artefatos, uma nova "cosmovisão". Aliás, nem tão nova: suas raízes estariam no ideal judaico-cristão de superação espiritual dos limites da carne. É o que afirmam o filósofo Andoni Alonso e o artista Iñaki Arzoz, co-autores de "A Nova Cidade de Deus", obra multimídia -livro, CD-ROM e página na web (www.siruela.com/ncd)- em que postulam uma "Ciberatenas" como oposição laica e democrática às mistificações da era digital. Texto Anterior: Os dez+ Próximo Texto: + literatura: O homem de lugar nenhum Índice |
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