São Paulo, domingo, 10 de julho de 2005

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Faulkner

Microcosmo no Mississippi

Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1949, o norte-americano William Faulkner (1897-1962) é considerado um dos escritores mais importantes da história dos EUA. Foi um seguidor das experimentações formais de James Joyce, Virginia Woolf e Marcel Proust. Utilizava recursos como o "fluxo de consciência", com vários narradores e diferentes pontos de vista, inclusive com mudança de tempo dentro da narrativa. Também era considerado rival de Ernest Hemingway (1899-1961). A maior parte de sua obra é ambientada numa região imaginária de Mississippi, um microcosmo para o sul dos EUA, escravocrata e derrotado na Guerra da Secessão, onde ele explora os efeitos da dissolução da autoridade e dos valores tradicionais na sociedade sulista. Faulkner também escreveu romances policiais e era um autor prolífico de narrativas curtas. Um exemplo é "Esquetes de Nova Orleans" (ed. José Olympio), coletânea de textos escritos durante sua estada em Nova Orleans, em 1925. Estes textos prefiguram temas e tipos de obras-primas como "O Som e a Fúria" (Cosacnaify), que é considerado seu maior romance. Faulkner também é autor de "A Cidade" (ARX), "O Intruso" (Siciliano) e "Palmeiras Selvagens" (Cosacnaify), entre outras obras. Além de ter alguns de seus romances adaptados para o cinema, Faulkner também trabalhou como roteirista em Hollywood, assinando os roteiros de "Uma Aventura na Martinica" (1944) e "À Beira do Abismo" (1946), dirigidos por Howard Hawks.


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