São Paulo, domingo, 10 de julho de 2005 |
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'A tristeza é minha'
DA REDAÇÃO
Folha - Qual é essa "compreensão" especificamente norte-americana da liberdade? Alec Soth - Não sou um acadêmico, portanto desculpe, por favor, as minhas generalizações. Creio que os EUA inspiram uma espécie de ânsia por liberdade que é muitas vezes geográfica. Dado que os Estados Unidos são tão amplos (e as fronteiras estaduais são, no limite, sem significado), e por causa de sua história relativamente recente de marcha para o oeste, seu "destino manifesto", esse desejo de mobilidade, de vaguear e cruzar parecem compor boa parte da idéia de liberdade nos EUA. E isso está presente tanto nas altas quanto nas baixas formas de manifestação da cultura americana: [Walt] Whitman e Twain, [Jack] Kerouac e Robert Frank, os filmes de faroeste, os "road movies" etc. Folha - É possível relacionarmos
diretamente essa "liberdade" com
as características que você aponta:
ampla, desajeitada, poluída? Folha - Essa "forma de compreensão" da liberdade é também, de alguma maneira, triste? Há solidão e
tristeza em suas fotos. Isso diz algo
dos norte-americanos? Folha - O sr. menciona Mark
Twain. O quê, no seu trabalho, se relaciona com suas fotos? O que acha
de Faulkner? |
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