São Paulo, Domingo, 14 de Março de 1999 |
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JOYCE PASCOWITCH
Mosaico Determinada a levar arte para pessoas que não têm oportunidade de visitar "espaços protegidos", tipo museus e galerias, a artista plástica Mônica Nador (foto) participa do Projeto Móvel de Cultura e Meio Ambiente, do Comunidade Solidária. Ela passou as três últimas semanas de janeiro em Beruri, no Amazonas, para fazer uma pintura pública. Escolheu as paredes de uma casa de palafita, pediu permissão para a dona e lascou tinta. Mônica misturou padrões islâmicos, recorrentes em seu trabalho, com um desenho feito pela dona da casa- o resultado final acabou se tornando metalinguístico. Hoje, a Associação dos Artesãos de Beruri toma conta da obra. E a experiência faz parte da tese de pós- graduação "Paredes Pintadas" em que a artista procura entender como caminha o processo da arte integrada à sociedade. Pintando na rua. A pintura comunitária revela... Que a gente não quer só comida. O que a tinta não esconde? A falta de talento. Dá para alterar padrões? Essa é que é a graça. Quando o conceito vira preconceito? Quando envelhece e continua sendo usado. O que nunca fica feio? A "beleza pura". Como pintar o sete? Com muita gente. Que mistura é fina? A brasileira. Grande desafio é aquele que... Tenta alterar padrões. Calçada pode virar cenário? Menos de filme de terror. Onde o Brasil é legal? No coração. Quando a arte é popular? Quando todos entendem -e gostam. Para quem pintaria um mural? Para quem passar por ele. Bondinho Há dez anos sem sem publicar poemas novos, Adélia Prado encara o mês de abril em clima de Brasil grande. Café com leite Novo filme de Warren Beatty, "Town and Country" deve se transformar na mais cara comédia romântica da história do cinema americano. Tartufo Tem nome e sobrenome o novo point dos chics de Milão. LOUCURAS DE VERÃO CENÁRIO Para viajantes descolados, o empresário André Balazs, famoso por seu hotel Chateau Marmont, em Los Angeles, e pelo Mercer, o do momento em Nova York, acaba de lançar mais um hotel na parada: The Standard, em Sunset Strip, Hollywood, tão charmoso e descolado quanto os outros FIGURINO Um dos hits da temporada, as calça jeans da Mixed, com cara de usadas, malhadas e pintadas com desenhos tribais, fazem bonito e são acessíveis -R$ 170,00- para quem não quer -ou não pode- pagar os cerca de R$ 7 mil que vão custar as de Tom Ford para a Gucci PRAZERES FRUGAIS Enquanto os ovos da Páscoa não vêm, cair matando nas trufas de maracujá da Chocolat du Jour -R$ 58,00 a lata, com 30 unidades SEXY E INDISCRETA Não é bem La Perla, mas os soutiens da Maidenform, recém- chegados ao Brasil, vindos dos Estados Unidos, fazem bonito, seguram o lance e dão um toque feminino explícito sem muitas rendas ou strass - custam cerca de R$ 44,00 AVENTAL Prato da estação servido por Eduardo Duó em seu restaurante Santa Gula, a sopa fria de pêras é fácil de fazer: cozinhar seis pêras e quatro alhos porós em dois litros de caldo de frango básico durante meia hora; coar e deixar na geladeira até ficar bem gelado -na hora de servir, acertar o sal, acrescentar uma colher de sopa de creme de leite para cada prato, uma pitada de pimenta-do-reino e outra de ervas, enfeitando com três tiras finas pêras na borda BOUQUET O tinto Duas Quintas, maduro, no ponto, da Adriano Ramos Pinto, vale quanto pesa -ou melhor, quanto custa-: safra 92, R$ 50,00, no restaurante Antiquarius, e safra 96, R$ 25,17, na importadora Chantinoma do Brasil COTAÇÃO Objeto de desejo para marocas que pensam realmente "grande", a minibolsa criada pela designer de jóias Carla Amorim é de ouro 18 quilates -e custa R$ 35 mil, na loja da Bela Cintra PERFORMANCE Ganhar kits dieta, estadias em spa e outros mimos do gênero -e ainda manter o bom humor CABEÇA Enquanto se prepara para estrelar a peça "A Dama da História", que estréia dia 16 de abril no teatro Alfa Real, em São Paulo, Marieta Severo mergulha na leitura do livro "Contos e Novelas", de Oscar Wilde TRILHA SONORA O fotógrafo Cássio Vasconcelos não tira do seu CD player as baladas "jazzy" do "Ocean Drive", disco da banda inglesa Lighthouse Family STRESS Como se não bastasse a onda de assaltos que deixa qualquer cidadão traumatizado, ainda ser obrigado, segundo sugestão da própria polícia, a manter o sangue frio na hora da confusão E-mail:joyce@uol.com.br Com colaboração de SIMONE GALIB e CAMILA VIEGAS Texto Anterior: Oscar Quiroga Astrologia Próximo Texto: Brasil 500 d.c. - Ricardo Musse: Marilena Chaui passa a escrever na Folha Índice |
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