São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997.



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Indicados da Semana

Cidade de Deus - Paulo Lins. Companhia das Letras (r. Bandeira Paulista, 702, conjunto 72, CEP 04532-002, SP, tel. 011/866-0801). 552 págs. R$ 27,00.
Em seu romance de estréia, o autor narra a guerra pelo tráfico de drogas em meio à pobreza de uma favela carioca, a Cidade de Deus que dá título ao livro.
O escritor Paulo Lins nasceu em 1958 no Rio de Janeiro. Nos anos 80, fez parte do grupo Cooperativa de Poetas.
Atualmente, além de professor, faz pesquisas na área de antropologia, de onde resultou, em parte, "Cidade de Deus". É autor também de "Sobre o Sol" (poemas).
"('Cidade de Deus') merece ser saldado como um acontecimento. O interesse explosivo do assunto, o tamanho da empresa, a sua dificuldade, o ponto de vista interno e diferente, tudo contribuiu para a aventura artística fora do comum." Roberto Schwarz, no Mais! de 7/9/97.


Objetos Turbulentos - José J. Veiga. Ed. Bertrand Brasil (av. Rio Branco, 99, 20º andar, CEP 20040-004, RJ, tel. 021/263-2082).
160 págs. R$ 16,00.
Em 11 contos, o autor trata de situações aparentemente banais e corriqueiras, mas que, ao final, beiram o absurdo, como em "O Cinzeiro" e "Vestido de Fustão".
O escritor goiano José Jacinto Veiga, 82, estreou na ficção em 1959 com o livro de contos "Os Cavalinhos de Platiplanto".
Em suas obras, o fantástico está sempre presente no cotidiano das personagens.
Autor, entre outros, de "A Hora dos Ruminantes" (1966, romance).
"Em 'Objetos Turbulentos', (...) o leitor terminará cada um dos textos com a sensação de que foi levado para um beco sem saída, ou a quem foi dada só a primeira parte de uma história, faltando-lhe a última chave." Cristovão Tezza, no Mais! de 7/9/97.



Ao Deus-Dará - Ian McEwan. Tradução de Waldéia Barcellos. Ed. Rocco (r. Rodrigo Silva, 26, 5º andar, CEP 20011-040, RJ, tel. 021/507-2000). 132 págs. R$ 18,00.
Publicado em 1981, este romance narra a indiferença que vai tomando conta das relações de um casal de ingleses em férias pela Itália.
O escritor inglês Ian McEwan, 49, é considerado hoje um dos grandes nomes de sua geração, ao lado de Martin Amis.
Formado em literatura, é autor de peças e contos, mas é conhecido principalmente por seus romances, como "Cães Negros", "O Jardim de Cimento" e "O Inocente".
"É assim, neste misto de desconforto e precisão, num silencioso questionamento moral e num domínio extremo do agouro e da suposta culpa que se desenvolvem as histórias de McEwan." Marcelo Coelho, no Mais! de 31/8/97.


Glauber Rocha - Cartas ao Mundo - Organização de Ivana Bentes. Companhia das Letras (r. Bandeira Paulista, 702, conjunto 72, CEP 04532-002, SP, tel. 011/866-0801). 794 págs. R$ 34,00.
Seleção da correspondência ativa e passiva de Glauber Rocha (1939-1981), que vai de 1953 até o ano de sua morte.
Glauber Rocha foi um dos mais importantes cineastas brasileiros. Anunciou o tropicalismo, em 1967, com "Terra em Transe". Em 1969, foi eleito o melhor diretor em Cannes por "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro". Dirigiu ainda, entre outros, "Deus e o Diabo na Terra do Sol".
"Em uma palavra, o que essa correspondência expõe é um Glauber vulcânico, uma máquina de pensar, um homem tumultuado de um tempo idem." Inácio Araujo, na Folha de 19/8/97.


História Artística da Europa - A Idade Média - Organização de George Duby. Tradução de Mário Dias Correia. Ed. Paz e Terra (r. do Triunfo, 177, CEP 01212-010, São Paulo, tel. 011/223-6522). 247 págs. R$ 39,00.
Dedicado à arte medieval, este livro é o primeiro de uma coleção destinada a traçar um panorama histórico das artes na Europa.
Medievalista, o historiador Georges Duby (1919-1996) foi um dos continuadores da escola dos "Annales". Refutando as grandes sínteses históricas, buscava reconstruir a vida cotidiana das sociedades. Escreveu, entre outros, "O Tempo das Catedrais" e co-dirigiu a "História da Vida Privada".
"Duby é o maior dentre os grandes intelectuais franceses deste fim-de-século a ultrapassar seu campo de pesquisas e ligá-lo à produção contemporânea." Michel Pierre, na "Magazine Littéraire" nº 348, de nov/96.





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