São Paulo, Domingo, 15 de Agosto de 1999
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Conheça os economistas

da Reportagem Local

Economista de qualidade no Brasil precisa necessariamente passar pelo setor público e pelas aclamações ou maldições da população para ter prestígio.
Essa regra parece que é ainda válida no país, apesar das drásticas mudanças ocorridas na estrutura econômica brasileira na década de 90, quando um dos eixos centrais foi exatamente a proposta de redução do Estado.
É o que mostra o rol dos entrevistados no "Conversas com Economistas Brasileiros 2". Entre eles, há dois ex-ministros do Planejamento, dois ex-presidentes do Banco Central, um ex-presidente do BNDES, dois secretários de política econômica etc. Somente 2 dos 12 economistas não tiveram passagem pelo setor público, Aloízio Mercadante e José Alexandre Scheinkman.
Conheça a seguir os entrevistados do livro:
Paul Israel Singer nasceu na Áustria em 1932 e veio para o Brasil em 1940. Estudou economia na USP (Universidade de São Paulo), na qual é professor. Participou da formação do Cebrap e do PT. Foi secretário do Planejamento de São Paulo quando Luiza Erundina foi prefeita da cidade.
Francisco Cavalcanti de Oliveira, nascido em 1932, em Recife (PE), estudou filosofia na Universidade do Recife. Trabalhou no BNB (Banco Nordeste do Brasil) e na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). Participou do Cebrap. Deu aulas na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e é professor da USP.
Antônio Barros de Castro nasceu em 1939 e cursou economia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na London School of Economics e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Foi presidente do BNDES.
José Serra, paulistano, nasceu em 1942, estudou economia e trabalhou no Chile e nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, tornou-se professor na Unicamp. Começou sua carreira no setor público durante o governo Montoro. Foi deputado federal, senador e ministro do Planejamento.
João Manuel Cardoso de Mello, também de 1942, graduou-se em direito e em ciências sociais na USP. Foi professor da então recém-criada Unicamp. Foi assessor de Dilson Funaro na Secretaria da Fazenda de São Paulo e no Ministério da Fazenda e ajudou no Plano Cruzado. Não se considera economista.
João Sayad nasceu em 1945 e graduou-se em economia pela USP, tendo obtido seu mestrado e doutorado por Yale (EUA). Foi professor da USP e ministro do Planejamento do governo Sarney. Depois que saiu do governo, fundou, com dois outros economistas, o Banco SRL.
Yoshiaki Nakano, um ano mais novo do que Sayad, nasceu no Paraná. Estudou administração na FGV (Fundação Getúlio Vargas), na qual também passou a dar aulas. Estudou economia na USP e em Cornell (EUA). Foi secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e é secretário da Fazenda do governo Covas.
Fernando de Holanda Barbosa, nascido em 1944, estudou engenharia na UFRJ e economia na Universidade Cândido Mendes e na FGV. Fez doutorado em econometria em Chicago. É professor da Universidade Federal Fluminense e da FGV. Foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Francisco Lopes nasceu em 1947, estudou economia na UFRJ e fez mestrado na FGV. Estudou em Harvard (EUA). Deu aulas na UnB (Universidade de Brasília), na FGV e ajudou a criar o curso de mestrado da PUC do Rio. Colaborou na formulação dos Planos Cruzado, Bresser e Real. Foi diretor e presidente do Banco Central.
José Alexandre Scheinkman, nascido em 1948, estudou economia na UFRJ e matemática no Instituto de Matemática Pura e Aplicada. Fez mestrado e doutorado em economia na Universidade de Rochester e pós-doutorado em Chicago, onde é professor desde 1973.
Aloízio Mercadante Oliva nasceu em 1954 e estudou Economia na USP. Em 1977, iniciou sua carreira de professor na PUC de São Paulo. Trabalhou no Dieese e fez mestrado na Unicamp. Foi um dos formuladores dos planos econômicos das campanhas do PT. É deputado federal e professor da PUC e da Unicamp.
Gustavo Franco nasceu em 1956. Fez graduação e mestrado em economia na PUC do Rio e doutorado em Harvard. Foi assessor do Ministério da Fazenda, ajudando na elaboração do Plano Real, e diretor e presidente do Banco Central. É professor da PUC do Rio. (CGF)



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