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IMPORTAÇÕES
Aloízio Mercadante: "A nossa
entrada na OMC (Organização
Mundial do Comércio) jamais
poderia ser dada pela canetada do
Ciro Gomes, sem nenhuma mediação, sem nenhuma negociação, sem utilizar sequer os instrumentos que a própria OMC nos
dava, como regimes especiais, por
exemplo, que você poderia prorrogar até 1999. Ou, ainda, salvaguardas anti-dumping".
Gustavo Franco: "No Brasil, é
fácil ver que a abertura mudou os
termos da competição entre as
empresas e, consequentemente, a
sua conduta e o seu desempenho.
A produtividade do trabalho tem
crescido mais de 7% anuais desde
o início da abertura no governo
Collor. A produtividade total dos
fatores cresce algo em torno de
4% anuais nesse período. É extraordinário, mas nada surpreendente, tendo em vista a experiência internacional e o que diz a teoria sobre a relação entre estrutura
industrial e produtividade".
João Sayad: "Acho que a única
"velhinha de Taubaté" foi o Brasil,
em 1990 e 1994. Em 1990, com o
Collor, e em 1994, com o Ciro Gomes. O José Serra tem uma lista de
coisas que fizemos de errado na
OMC. Quer dizer, mais concorrência e mais rivalidade, mais briga. Não é concorrência de livro-texto: "Compro batatas a R$ 2,00
lá fora e custa R$ 3,00 aqui dentro". É concorrência no sentido de
você esgoelar o vizinho. Não é botar fogo no poço de petróleo do
vizinho, mas muito mais forte do
que se imagina. Acho que nenhum acadêmico é iludido por
política comercial internacional".
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