São Paulo, Domingo, 15 de Agosto de 1999
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IMPORTAÇÕES

Aloízio Mercadante: "A nossa entrada na OMC (Organização Mundial do Comércio) jamais poderia ser dada pela canetada do Ciro Gomes, sem nenhuma mediação, sem nenhuma negociação, sem utilizar sequer os instrumentos que a própria OMC nos dava, como regimes especiais, por exemplo, que você poderia prorrogar até 1999. Ou, ainda, salvaguardas anti-dumping".

Gustavo Franco: "No Brasil, é fácil ver que a abertura mudou os termos da competição entre as empresas e, consequentemente, a sua conduta e o seu desempenho. A produtividade do trabalho tem crescido mais de 7% anuais desde o início da abertura no governo Collor. A produtividade total dos fatores cresce algo em torno de 4% anuais nesse período. É extraordinário, mas nada surpreendente, tendo em vista a experiência internacional e o que diz a teoria sobre a relação entre estrutura industrial e produtividade".

João Sayad: "Acho que a única "velhinha de Taubaté" foi o Brasil, em 1990 e 1994. Em 1990, com o Collor, e em 1994, com o Ciro Gomes. O José Serra tem uma lista de coisas que fizemos de errado na OMC. Quer dizer, mais concorrência e mais rivalidade, mais briga. Não é concorrência de livro-texto: "Compro batatas a R$ 2,00 lá fora e custa R$ 3,00 aqui dentro". É concorrência no sentido de você esgoelar o vizinho. Não é botar fogo no poço de petróleo do vizinho, mas muito mais forte do que se imagina. Acho que nenhum acadêmico é iludido por política comercial internacional".


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