São Paulo, Domingo, 18 de Julho de 1999
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JOYCE PASCOWITCH

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem


Parabólica
O negócio de Maria Carmem Barbosa (foto), como ela mesma diz, é contar histórias -e, nessa praia, já fez praticamente de tudo. O início foi em rádio, quando ainda pensava em prestar vestibular para psicologia. Daí partiu para a publicidade, antes de finalmente aterrissar na televisão, onde escreveu roteiros para diversos seriados e novelas. E não ficou por aí: foi cronista de jornal, escreveu seis peças de teatro -cinco delas em parceria com Miguel Fallabela- e um livro, "Antes Que Me Esqueçam", junto com Daniel Filho. Agora vai virar professora, ensinando a escrever roteiros para televisão -isso, enquanto cuida de um projeto pessoal: um livro sobre o pai, o também multimídia Haroldo Barbosa, desta vez em parceria com a irmã historiadora, Lucena Barbosa Madureira.


Quem deve sair de cena?
Gente que fala muito e não sabe o que diz.
Quem merece um monólogo?
Monica Lewinsky.
Quando a trama enrosca...
A gente pede uma segunda, terceira, quarta opinião.
Que história não tem fim?
A dos precatórios e, se tiver, não será um final feliz.
O que vale um zoom?
O Central Park, Nova York, com 45 C -para mostrar que rico também sofre.
Que cenário é o ideal?
Dependendo do orçamento...
De capítulo em capítulo...
Chegamos aos 500 anos.
O que balança mas não cai?
O planalto central do país.
Como se aumenta audiência?
É a receita que todos querem, mas poucos têm.
Onde a coisa pega?
Na bunda da gostosa e no abdômen do gatão.
Que final é feliz?
Sei lá -há vida após a morte?
O que tarda mas não falha?
A mão de Deus.
O que colocaria no horário nobre?
"Um Mundo Melhor" -uma novela, é claro.

Barba e bigode
Um cantinho na orla, perto do Farol da Barra, bem em frente à sede do Araketu, em Salvador, está sendo chamado de "Terra de Marlboro" -onde os homens se encontram.
Os homens em questão são o governador César Borges e o prefeito Antonio Imbassahy, que batem ponto lá aos domingos -não exatamente para discutir se a Ford vai ou não para a Bahia, mas sim por causa dos acarajés, que prometem desbancar os do famoso trio de baianas que armam suas barracas no Rio Vermelho, com muita briga no tempero.

Hot dog
O fotógrafo brasileiro Carlos Emilio, que teve imagens publicadas na "Time Out", "House & Garden" e "Elle Décor" -e que está desenvolvendo um projeto visual para a Gap- faz e acontece em Nova York.
Ele foi escolhido pela Baron & Baron, empresa de Fabien Baron, designer da "Harper's Bazaar", para clicar os novos hotéis de Ian Shrager, Barbizon e Empire, em Manhattan -isso enquanto estrela a mostra "Innerscapes", na galeria Throckmorton Fine Art, famosa no circuito.

LOUCURAS DE INVERNO

CENÁRIO De jóias de ouro até roupinhas de bebê, a loja indiana Govinda's, na Watseka Avenue, Los Angeles, faz a alegria de qualquer alma hippie, saudosa -entre as tantas tentações de consumo, é possível se refugiar no buffet vegetariano, custa US$ 5,50 no almoço e US$ 6,50 no jantar

FIGURINO Para marcar presença nas horas mais assim, o soutien da coleção primavera-verão 2000, da La Perla, é todo em seda, com aplicação de rendas; nas cores verde-água, cinza claro, goiaba, rosa claro e amarelo dourado, custa R$ 271,00

PERFORMANCE Em Nova York, a moda nas academias de ginástica é fazer esteira plugado na Internet -a coisa fica menos chata, mas existe um único probleminha: o computador só liga se o aparelho, que também pode ser uma bicicleta ergométrica, estiver em funcionamento

AVENTAL Eterno preferido do cardápio do Quattrino, o spaghetti de trigo sarraceno alla Neka foi criado pela quituteira Neka Menna Barreto: fritar na manteiga uma colherinha de cebola picada com uma de gengibre ralado, temperar com uma pitada de açúcar, uma de curry e uma colher de sopa de shoyu; misturar esse molho com 120 gramas da massa -no caso, spaghetti de trigo sarraceno- cozido al dente, salpicando no final com gergelim tostado

SEXY E INDISCRETA Sair da concha -e ser selvagem, turbulenta

COTAÇÃO Para quem quer -ou precisa- de um relax, um ofurô -banheira japonesa feita de madeira, parte de um ritual milenar de purificação, com banhos quentes de até 40 C- é a grande pedida: pode ser instalado dentro de casa ou no jardim; o preço médio de um ofurô, com espaço para duas pessoas, é R$ 6.203,00, na Raia 4

CABEÇA Assessor da presidência da Fiesp, o advogado Fernando Kasinski Lottenberg tem preenchido as horas vagas com o livro "Se Não Agora, Quando?", de Primo Levi, que narra a história de um grupo de judeus desgarrado do Exército Vermelho no final da Segunda Guerra

PRAZERES FRUGAIS Depois da erva cidreira, também conhecida como capim santo, a onda agora é a menta: em sorvetes, mousses, espuma de banho ou mesmo um chá bem forte, feito em uma panela grande, para ser jogado no corpo depois do banho -parece que a gente vira um grande Mentex

TRILHA SONORA Especializada em educação infantil, Maria Malta Campos é professora da PUC e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas -seu repertório tem jazz, MPB e música clássica, pendendo ultimamente para a música cubana, com o grupo Buena Vista

BOUQUET O Domaine de Courteillac, um bordeaux mais encorpado, safra 1996, é perfeito para baixas temperaturas -e para médias também: custa US$ 27 a garrafa, na Saveurs de France

STRESS A idéia luminosa de acabar com o rodízio municipal durante as férias de julho serviu para deixar mais caótica ainda a dura vida dos paulistanos



E-mail: joyce@uol.com.br
Com colaboração de PATRÍCIA ANDRADE e KÊNYA ZANATTA




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