|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Militância no
ciberespaço
especial para a Folha
"O que tem sido chamado de um momento pós-feminista, com a desinformação sobre o feminismo e sobre as expectativas razoáveis das mulheres em relação aos seus direitos assaltam a mídia, quando a sociedade aparentemente está
sabendo do que acontece,
mas mulheres e garotas em
nossa cultura continuam
sendo quase que ritualmente assediadas, espancadas,
estupradas e mortas (física
e psicologicamente) em
suas próprias casas e nas
ruas, tomar a responsabilidade em nossas mãos e fazer isso chegar aos nossos
amigos é, tipo, triplamente
importante. Não é uma piada. É uma questão de sobrevivência. É guerra."
Este trecho foi retirado de
um diário de uma doutoranda sobre uma convenção de "Riot Grrrls" em
Omaha em 1994. A autora
do trecho é também autora
de um zine, o "Pop Tarts"
(ernie.bgsu.edu/~ckile), um
dos mais interessantes zines
de garotas no novo fronte
de batalha: a Internet.
A maioria dos zines e revistas trata de assuntos relacionados ao universo grrl,
como sexo e cultura pop. Os
melhores sobre sexo são o
"Ratgrrl's Hideout"
(gladstone.uoregon.
edu/~megan) e o "NetChick" (www.cyborganics.com/People/carla/excerpt.html).
Mas alguns deles estão começando a criar um nicho
de reflexão e militância feminista no ciberespaço.
"Brillo" (www.brillo.com)
aspira ao status de revista:
tem periodicidade mensal,
reportagens e entrevistas.
Os editoriais, entretanto,
mantém o espírito combativo e informal dos zines. O
australiano "Geekgirl"
(www.geekgirl.com.au)
tem altíssima qualidade
gráfica e discute temas como pornografia na Internet. "NerrdGirl" (www.users.interport.net/ameliaw/nerrd) também
examina e discute as novas
tecnologias do ponto de vista das garotas.
(BIA ABRAMO)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|