São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997.



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Militância no ciberespaço


especial para a Folha

"O que tem sido chamado de um momento pós-feminista, com a desinformação sobre o feminismo e sobre as expectativas razoáveis das mulheres em relação aos seus direitos assaltam a mídia, quando a sociedade aparentemente está sabendo do que acontece, mas mulheres e garotas em nossa cultura continuam sendo quase que ritualmente assediadas, espancadas, estupradas e mortas (física e psicologicamente) em suas próprias casas e nas ruas, tomar a responsabilidade em nossas mãos e fazer isso chegar aos nossos amigos é, tipo, triplamente importante. Não é uma piada. É uma questão de sobrevivência. É guerra."
Este trecho foi retirado de um diário de uma doutoranda sobre uma convenção de "Riot Grrrls" em Omaha em 1994. A autora do trecho é também autora de um zine, o "Pop Tarts" (ernie.bgsu.edu/~ckile), um dos mais interessantes zines de garotas no novo fronte de batalha: a Internet.
A maioria dos zines e revistas trata de assuntos relacionados ao universo grrl, como sexo e cultura pop. Os melhores sobre sexo são o "Ratgrrl's Hideout" (gladstone.uoregon. edu/~megan) e o "NetChick" (www.cyborganics.com/People/carla/excerpt.html).
Mas alguns deles estão começando a criar um nicho de reflexão e militância feminista no ciberespaço. "Brillo" (www.brillo.com) aspira ao status de revista: tem periodicidade mensal, reportagens e entrevistas.
Os editoriais, entretanto, mantém o espírito combativo e informal dos zines. O australiano "Geekgirl" (www.geekgirl.com.au) tem altíssima qualidade gráfica e discute temas como pornografia na Internet. "NerrdGirl" (www.users.interport.net/ameliaw/nerrd) também examina e discute as novas tecnologias do ponto de vista das garotas. (BIA ABRAMO)



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