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São Paulo, domingo, 20 de abril de 2003

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ET + cetera

A Sorbonne africana de Balandier
Um dos principais antropólogos vivos, Georges Balandier acaba de lançar "Civilisés, Dit-on" (PUF, 402 págs., 18 euros). Trata-se de uma seleta de artigos em que o autor de "O Dédalo" (Bertrand Brasil) revê sua trajetória como destacado africanista ("a África foi minha verdadeira Sorbonne") e emprega sua "antropologia política" numa crítica aos políticos ocidentais de hoje, reduzidos, diz ele, a "gestores" presos a uma mediocridade incapaz de humanizar o capitalismo tecnocientífico.


A filosofia e a balbúrdia do mundo
A ânsia por relações causais entre o 11/9 e abstrações como "a pós-modernidade" é só uma nova variante de um velho (auto)engano: o de que "grandes" questões filosóficas, tais como a "verdade", determinam projetos concretos de ação coletiva ou individual. O que Kant chamava de azáfama (balbúrdia) do mundo se deixa influenciar por outros tipos de "conselho", dos amigos ao horóscopo. A tese -ou provocação- é do renomado crítico Stanley Fish, em artigo na "Critical Inquiry".


Grass e os crimes de guerra
O que separa um "ataque" de uma "atrocidade"? É possível, sem ser tautológico, falar em "crimes de guerra" ? Esse tipo de questão ressurge, diz John Updike na revista "The New Yorker", com a leitura de "Passo de Caranguejo", do alemão Günter Grass, que acaba de ser lançado nos EUA. Grass destaca, no romance, um dos maiores desastres marítimos da história: o afundamento, já ao final da Segunda Guerra, de um navio alemão por um submarino russo, que deixou milhares de mortos.


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