São Paulo, domingo, 21 de abril de 2002

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ECOS DO INFERNO DE WALL STREET


Leia ensaio inédito do crítico e tradutor que faz parte da nova edição da "ReVisão de Sousândrade", a ser publicada em maio pela editora Perspectiva


por Augusto de Campos

A linguagem referencial, elíptica, às vezes mesmo cifrada, de que faz uso o poeta maranhense Sousândrade nos epigramas do premonitório "Inferno de Wall Street" (canto 10 do seu poema épico "O Guesa"), pela primeira vez publicado em 1877, em Nova York, caracterizando aquilo que Haroldo de Campos e eu denominamos "estilo sintético-ideogrâmico", levaram-nos anos atrás a organizar um glossário de personagens e citações do episódio, à maneira dos que fizeram alguns estudiosos dos "Cantos" de Ezra Pound. Algo que nos pareceu indispensável para a compreensão do poema e igualmente adequado, por se tratar de um texto sob vários aspectos precursor da estilística poundiana, constituído como é, em grande parte, de colagens metalinguísticas de eventos, notícias e fragmentos textuais de muitos autores.
O "guesa" -lembre-se desde logo- é, na mitologia de antigos índios colombianos, um menino destinado à peregrinação e ao sacrifício ritual; ao cabo do percurso, já adolescente, é atado a uma coluna, numa praça circular, e morto pelos sacerdotes ("xeques"), tendo seu coração arrancado e oferecido a Bochica, deus do Sol. Esse personagem, com o qual se identifica o poeta, alegoricamente, é o peregrino viajante da epopéia que tem o seu ápice na Bolsa de Nova York, em fins do século 19.
Tal glossário, que demandou pesquisa de muitos anos, veio a fazer parte da primeira edição da nossa "ReVisão de Sousândrade", publicada em 1964. O livro, já todo composto, ainda ficou de quarentena por algum tempo, depois do golpe militar de 31 de março, por precaução da editora Obelisco, que acabara de lançar uma biografia de Miguel Arraes e temia que o nosso livro viesse a ser envolvido em alguma represália que contra ela tomassem, precisamente por conta da ênfase que dávamos àquele suspeito "Inferno de Wall Street", do qual se fez ainda uma separata -preocupação não imotivada, diante dos disparates que perpetraria o governo autoritário contra tudo o que lhe parecesse "de esquerda".
Ao longo do tempo, fomos ampliando e corrigindo esse glossário com a colaboração de Erthos Albino de Souza, que foi também o financiador daquela edição. Erthos, que morava na Bahia, onde trabalhava como engenheiro da Petrobras, tendo tomado conhecimento dos nossos primeiros estudos, publicados com o título "Montagem: Sousândrade" nas páginas do "Correio Paulistano", entre 1960 e 61, nos enviou, sem nos conhecer pessoalmente, um cheque ao portador na importância orçada pela Obelisco para a impressão da obra, que assim pôde ser editada, graças à sua incrível generosidade.
A segunda edição da "ReVisão", em 1982, incorporou novos achados e correções ao glossário sousandradino. Apesar de todo o nosso esforço, porém, muitas passagens são ainda obscuras e persistem alguns erros ou imprecisões de interpretação, inevitáveis no entendimento de textos tão sintéticos, inçados de neologismos, nomes desconhecidos, frases truncadas em vários idiomas, inversões e liberdades gramaticais. As novas descobertas interpretativas que agora divulgo bem exemplificam a natureza das "obscuridades" sousandradinas e as dificuldades que oferecem para o seu desvendamento. Tal como ocorre no caso de Pound, elas se reduzem bastante quando chegamos a identificar as referências objetivas que estão por trás dos versos aparentemente enigmáticos e surrealistas que nos encantam antes mesmo de os entendermos por completo.
Uma dessas descobertas me foi propiciada pela leitura do romance histórico "1876", de Gore Vidal, que se passa justamente num dos períodos mais importantes abarcados pelo "Inferno de Wall Street" e que tem como tópicos históricos relevantes a Exposição do Centenário, em Filadélfia, aberta pelo presidente americano, general Grant, e por d. Pedro 2º, e a disputa entre o democrata Tilden e o republicano Hayes, nas eleições para a sucessão presidencial que deram a vitória indireta para o último deles, o perdedor nas votações gerais, num imbróglio que em tudo faz lembrar os episódios políticos que levaram George W. Bush à Presidência dos EUA em nossos dias. A sequência epigramática sousandradina contém numerosas referências à viagem de Pedro de Alcântara aos EUA, aos escândalos financeiros do período Grant e à exposição centenária. A eleição fraudulenta é assim comentada na estrofe 37:
"(Democratas e Republicanos)
-É de Tilden a maioria,
É de Hayes a inauguração!
= Aquém, carbonário
Operário;
Além, o deus-uno, Mamão!".
Mas Gore Vidal relata, de passagem, certo evento menor que nos permite desvendar um outro trecho mais obscuro, na estrofe 150:
"(Roseman lendo cristianíssimos personals e aplicando a "low people, low punishment":)
- "Papers explain. Certainly, though terrible"...
Ciência heráldea, "paradise lost"...
A "purring match"!
And lash! and lash!
Chinois-Bennet à "whipping post"!...".
O personagem principal do episódio já estava bem identificado no glossário pelas referências "Bennet" e "heráldea". Trata-se de James Gordon Bennet (1795-1882), sucessor do pai homônimo, o poderoso fundador do jornal "New York Herald". Ignoramos quem seja aquele Roseman, que aparece no intróito, lendo cristianíssimas fofocas e aplicando "punição vil a gente vil", mas parece figura menos importante. Seguem-se os textos em inglês que querem dizer: "Os jornais explicam. Por certo, embora terrível", "paraíso perdido".
"Purring match", segundo apuramos, é uma expressão aplicada às lutas de boxe, em que se desferem golpes no estômago que fazem o adversário gemer (gíria pugilística do século 19). "Lash and lash", chicotadas e chicotadas. "Whipping post", pelourinho. Alguma escaramuça, pelo visto. Mas como decifrar o episódio a que alude Sousândrade? E aquele estranho apodo, "Chinois-Bennet", o que quereria dizer? Teria o jornalista tomado partido a favor dos imigrantes chineses, então ainda muito hostilizados, em algum evento?
Conta Gore Vidal, já quase ao fim do seu livro, que James Gordon Bennet veio a protagonizar um fato que escandalizou Nova York no apagar das luzes de 1876. No dia de Ano Novo, embriagado, ele urinou num vaso chinês, usado para acomodar guarda-chuvas, na entrada da casa do coronel May, pai da sua ex-noiva. E, no dia 3 de janeiro, um parente da família, chamado Fred May, surrou o jornalista com um relho de couro cru na porta do Union Club. A seguir, no dia 7, os dois homens se defrontaram em duelo de pistolas, do qual nenhum saiu ferido. Tais, em síntese, os fatos que nos interessam. E eis desvendado o enredo a que se reporta a estrofe -a punição, o "chinois", os açoites, a luta-, podendo a expressão "paraíso perdido" sinalizar, além do noivado desfeito, o desenlace de tudo, pois, segundo acrescenta Vidal, o jornalista, envergonhado, partiu para a Europa e nunca mais voltou aos EUA. Para um possível esclarecimento completo, só mesmo respigando nos jornais nova-iorquinos da época, de onde Sousândrade poderá ter extraído expressões e outras referências sobre o tema. A estrofe se incorpora ao quadro de acontecimentos escandalosos que fazem de Nova York, vista sob a ótica da especulação político-financeira e da degeneração dos costumes, o cenário de sacrifício do poeta-guesa em seu percurso expiatório pelo mundo.
Outras precisões e correções a que cheguei dizem respeito ao poeta George Gordon Byron, invariavelmente admirado pelo romantismo brasileiro. Diferenciando-se, entretanto, dos demais confrades, na empreitada do "Inferno de Wall Street", Sousândrade privilegia aqui não o "sermo nobilis", o épico-lírico de "Childe Harold", mas o viés satírico do menos popular "D. Juan".
Tendo presente esse aspecto do enfoque sousandradino de Byron, por ele incluído à estrofe 77 num panteão de heróis, é possível compreender melhor os versos que repontam nas estrofes 8, 11 e 79 e as referências que faz ao poeta inglês. Na estrofe 8 aparece o Rev. Beecher (Henry Ward Beecher, 1813-1887), conceituado clérigo americano, fazendo uma pregação em que contrapõe valores morais positivos e negativos, os primeiros representados pelos poetas Tennyson e Longfellow e os últimos pelos grevistas (os "strikers" Arthurs e Donahues) e ainda por Byron João e Juvenal:
"(Rmo. BEECHER pregando:)
-Só Tennyson, só, só Longfellow
S'inspiram na boa moral:
Não strikers Arthurs,
Donahues,
Nem Byron João, nem Juvenal!".
"Arthur", mais de uma vez referido por Sousândrade, é sem dúvida Peter Arthur (1831-1903), líder sindical americano. Donahue, provavelmente um seu companheiro de movimentos paredistas, não foi identificado. Juvenal, o poeta satírico latino, que verberou os vícios de Roma. Mas, e aquele estranho "Byron João", que parece, à primeira vista, uma referência equivocada ao poeta inglês? Não há erro nenhum. Sousândrade alude ao "D. Juan", numa audaciosa anglicização gramatical, como se estivesse dizendo "Byron's Juan". Dessa forma, os pólos morais discordantes da pregação de Beecher (que evidentemente simboliza um falso moralista) se reforçam e esclarecem. Outras estrofes de Sousândrade colocam ainda uma vez o famoso clérigo americano em confronto com Byron. Na estrofe 11, em diálogo imaginário com a irmã, a escritora Harriet Beecher Stowe (1812-1896), que, por sua vez, acusara Byron de manter relações incestuosas com a própria irmã, o pregador confessa que as pedras por ele atiradas no poeta acabaram recaindo sobre ele próprio, já que veio a ser acusado de ter praticado sexo com uma paroquiana, mulher do jornalista Theodore Tilton.
"(Beecher-Stowe e H. Beecher)
-Mano Laz'rus, tenho remorsos
Da pedra que em Byron lancei...
= Caiu em mim, mana
Cigana!
Ele, à glória, eu, fora da lei!"
O rumoroso "affair" é objeto de várias estrofes do "Inferno de Wall Street". Mas Byron reaparece ainda, sem ser diretamente nomeado, por meio do seu poema "Childe Harold's Pilgrimage", na estrofe 79, onde há uma alusão ainda mais críptica ao "D. Juan":
"Pois há entre o Harold e o Guesa,
Diferença grande, e qual é:
Que um tem alta voz
E o pé bot,
"Voz baixa" o outro, e firme o pé".
As referências combinadas a "Harold" e ao "pé bot" (pé manco), a seguir, não deixam dúvidas: Byron, que era aleijado de um pé, foi novamente chamado à baila para uma comparação que, aparentemente, envolve um novo preito ao poeta inglês. Mas há mais do que isso. A estrofe parodia um texto do "D. Juan", em cujo canto 1, estrofe 202, se lê: "There's only one difference between/ Me and my epic brethren gone before,/ (...) They so embellish, that 'tis quite a bore/ Their labyrinth of fables to thread through,/ Whereas this story is actually true". Nessa que é uma das muitas digressões metalinguísticas com que Byron intercepta a narrativa do seu "D. Juan", ele quer distinguir este poema dos épicos, seus antecessores, inclusive o "Childe Harold", afirmando em síntese que a única diferença que há é que estes embelezam tanto seus temas que se torna entediante atravessar os seus labirintos de fábulas, ao passo que a estória de "D. Juan" é pura verdade. Ao embutir a dicção donjuaniana na estrofe em que compara o "Guesa" ao "Harold", Sousândrade se investe dessa linguagem para marcar a nota crítica e satírica que afasta o seu texto do lirismo sublimado do "Childe Harold" da mesma forma que deste se aparta o "D. Juan", que vem a ser o modelo byroniano escolhido pelo poeta maranhense para a sua crítica veraz e feroz ao inferno financeiro americano.
Um terceiro aprofundamento interpretativo diz respeito às duas últimas estrofes do "Inferno de Wall Street", embasadas no poema satírico "Atta Troll" (1847), de Heinrich Heine.
"(Práticos mistificadores fazendo seu negócio; self-help Atta Troll):
- Que indefeso caia o estrangeiro,
Que a usura não paga, o pagão!
= Orelha ursos tragam,
Se afagam,
Mammumma, mammumma, Mammão.//
(Magnético handle-organ; ring d'ursos sentenciando à pena-última
o arquiteto de Farsália; odisseu fantasma nas chamas
dos incêndios d'Albion:)//
- Bear... bear... é ber'beri, Bear... Bear...
= Mammumma, mammumma, Mammão!
- Bear... bear... é ber"... Pegásus...
Parnasus...
= Mammumma, mammumma, Mammão."
Conforme se apontou no glossário, Mumma é o nome da companheira de Atta Troll, o urso dançarino que dá nome ao poema satírico de Heine. Mas outros pontos se aclaram a partir da consulta à tradução desse poema para o francês, elaborada pelo próprio poeta e incluída na antologia "Poèmes et Légendes de Henri Heine", publicada em Paris em meados do século 19. O volume que consultei (com a indicação "nouvelle édition") é de 1857, o ano seguinte à morte do poeta. Certamente foi na tradução francesa que Sousândrade conheceu o poema. O urso dançarino Atta Troll foge dos humanos, abandonando Mumma, sua companheira, e no recesso da floresta vai encontrar os seus filhotes, um dos quais, o caçula, teve uma orelha comida pela mãe-ursa, quando esta o acariciava. Mostra-lhes o horror do egoísmo humano e defende uma sociedade solidária e igual para todos os animais. As saudades lancinantes da companheira o atormentam ("-Mumma! Mumma! perle noire que j'avais pêchée dans l'océan de la vie! (...) ma chère Mumma") e o levam a morrer em uma emboscada. Atraído pelo que imagina serem os chamados de Mumma (na verdade é a bruxa Uraka, mãe do caçador Lascaro, que imita os rugidos da ursa), exclama aos filhos: "Enfants, entendez-vous ces sons?/ N'est-ce pas la douce voix de votre mère? Oh! je reconnais les grognements de ma chère Mumma! Mumma! ma noire Mumma!". "-Mumma! fut son dérnier soupir", comenta, a seguir, o poeta, acrescentando, com ironia, que Atta Troll ressuscitará imortalizado em seus versos e que a glória do seu "nobre herói" ("urso sans-coulotte, igualitário selvagem", conforme o discurso com que um futuro rei da Baviera haverá de saudar a sua estátua) percorrerá a Terra em troqueus patéticos de quatro pés...
Penso que o texto francês pode ter contribuído para suscitar aquele misterioso "Mammumma" de Sousândrade, que, como está no glossário, aglutina "Mamma" (mamãe em alemão) e Mumma, mas no qual reverberam também os apelos patéticos (em francês) de "Ma...Mumma!". Não é de deslembrar que Heine, no início do seu poema, invoca o vôo livre de Pégaso para justificar o seu "sonho de uma noite de verão". Sousândrade: "Pegásus... Parnasus...". Escrita, segundo as palavras do seu prefácio à edição francesa de "Atta Troll", com o ânimo de defender a "autonomia da arte, a independência soberana da poesia", essa obra tem, no entanto, irrecusável viés crítico e político. Cabe notar, por fim, que Sousândrade substitui a "musette", ou gaita de fole, que acompanha a dança dos ursos, em "Atta Troll", por um "magnético handle organ", um realejo magnético que aclimata a cena aos progressos de Nova York. A identificação de Lucano (ao lado de Goethe, que o retoma no "Segundo Fausto") como "o arquiteto de Farsália", merece ainda qualificação: é que o épico latino, autor do poema histórico a que alude Sousândrade, foi coagido por Nero a suicidar-se, em razão de seu envolvimento em uma conspiração contra o imperador; daí deriva também a sentença "à pena-última", referida no intróito à derradeira estrofe do "Inferno".
Todos esses detalhes confluem para a configuração das espantosas invocações que aparecem nas últimas estrofes do "Inferno de Wall Street". O poema termina com a dança macabra e o sacrifício ritual do poeta-guesa condenado à pena capital pelos ursos-bruxos-especuladores da Bolsa, sua agonia pontuada com os informes estertores do urso-libertário clamando por sua Mumma, associados, num fantástico giro paronomástico, à invocação do deus "Mammão", símbolo do dinheiro e do lucro. Impossível não deixar de ver no "indefeso estrangeiro" que "a usura não paga, o pagão", compelido, como o guesa, a "cair", a imagem das nações submetidas pelo endividamento aos países ricos, um tema que é hoje mais atual do que nunca.
Pode parecer ao leitor que sejam questões sem importância. Não. O texto de Sousândrade é único no mundo. Merece detalhada perquirição. Ninguém fez, como ele, em seu tempo, um poema que pusesse em foco o florescimento do capitalismo em estado selvagem, tendo como palco a Nova York dos "robber barons", preambulado pelos pregões da Bolsa e finalizado num círculo infernal de especuladores financeiros. Para compactar e transmitir em linguagem poética o choque conflitual de sua visão da República do Norte, ao mesmo tempo fonte de liberdade e de progresso e matriz de ganância desmesurada, Sousândrade teve que criar uma linguagem nova, difícil, quase ininteligível. Um pré-futurismo cinético, que já sugere as armas da montagem cinematográfica e da colagem plástica.
De certo modo, seu poema é como um mosaico de Gaudi, composto de tesselas disparatadas, algumas semidestruídas ou desgastadas pelo tempo. A reconstrução dessas tesselas nos faz ver com mais nitidez a grandeza do desenho geral, que, mesmo faltando algumas peças ao quebra-cabeças, já aparece como uma inscrição monumental plantada como um alerta no coração dos círculos infernais da cobiça e da corrupção.
Mas não se veja no poema de Sousândrade produto de xenofobia ou antiamericanismo. Não é esse o caso. O poeta, que viveu tantos anos em Nova York, manifesta amplamente no canto 10 o seu amor pelo que reputa ser o país da liberdade, sob a evocação das figuras de Washington e Lincoln, e tem plena consciência de sua importância no cenário universal. Por isso mesmo sublinha: "Oh! creio e te amo/ Jovem América ainda a delirares,/ E mais de ti, portanto, é que reclamo./ De ti depende o mundo do futuro". No "Inferno de Wall Street", enquistado nesse canto, ele elabora uma alegoria ritual que parece ressuscitar nos tumultuados inícios do século 21, quando assistimos, perplexos, a ilha de Manhattan protagonizar os inacreditáveis eventos que se desencadearam em 11 de setembro de 2001 no seu epicentro financeiro -apocalíptico episódio que certamente poderia ser acrescentado ao mosaico sousandradino, pudesse o tempo recuar até os seus dias.

Augusto de Campos é poeta, tradutor e ensaísta, autor de "Música de Invenção" e "Despoesia" (ed. Perspectiva), entre outros livros.

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