São Paulo, domingo, 23 de março de 1997.

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Joyce Pascowitch

Leonardo Colosso/Folha Imagem
Além posar como marchand de seu pai, Luiz Paulo Baravelli -entre outras feras mais-, Ana Baravelli arma projetos mais ambiciosos: junto com um novo escritório de arte, a moça vai criar uma bolsa de artistas para caçar -e lapidar- talentos Brasil afora


PRONTA ENTREGA

Toga
Se o assunto é justiça, o criminalista Márcio Thomaz Bastos (foto) transita -sempre com muito jogo de cintura- nos dois lados da balança. Aos 41 anos de carreira, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil coleciona clientes poderosos e recheia o currículo com alguns dos casos mais importantes do país -tipo o assassinato de Chico Mendes, no qual posou de assistente de acusação. Hoje, entre um tribunal e outro, ele coloca o pé no maior vespeiro do momento em Brasília: a CPI dos Títulos Públicos, onde defende Wagner Ramos, ex-assessor de Celso Pitta. Certo que de pizza o final não terá nada.


Para quem daria voz de prisão?
Para os responsáveis pelo sistema penitenciário brasileiro.
Que crime compensa?
Nenhum -só os criminosos não sabem disso.
Pista boa é....
A que leva ao grande culpado -e não apenas ao peixe pequeno.
O que nunca tem defesa?
A tortura.
Quem merece um habeas corpus?
Aquele que é condenado pela imprensa, antes de ser julgado.
E quando o tiro sai pela culatra?
É preciso dar outro e mais outro.
Que pena vale a pena?
A que pune pouco e regenera muito.
Quem deve ir para o banco dos réus?
Os que não respeitam os réus.
E se tudo termina em pizza?
É melhor do que condenar inocentes.
Telhado de vidro quebra?
Quem atira pedras que se cuide.
O que valeria uma CPI?
A desigualdade na distribuição de rendas no país.
O que não tem remédio?
O poder exercido sem critério.
Como se desatam os nós?
Odiando o crime, sem odiar os criminosos.
O que faz perder o rumo?
A injustiça.
Quem ama não mata?
Mata -e quem não ama, também.

Nó cego
Tem trilha sonora mais que original o cooper diário de Geraldo Moura, um dos responsáveis pela comunicação do Palácio do Planalto.


Talvez influenciado pelo côté erudito do patrão Fernando Henrique Cardoso, ele só corre falando em latim -sozinho.


Calçadão

Professor do Politécnico de Milão -e parte de um grupo de arquitetos importantes da Itália, o BBPR-, Fabrizio Schiaffonati vem ao Brasil especialmente para o lançamento do livro ``Diálogos de Arquitetura'', de Maria Pilar Vettori -dia 9 de abril, na FAU da rua Maranhão.

Ele vai também dividir com Oscar Niemeyer, autor do prefácio do livro, uma palestra sobre o tema preferido dos dois.


Figurino moderno

Além dos vestidos bem mais longos -que viraram marca registrada no Comunidade Solidária-, Ruth Cardoso virou também referência para as questões de beauté das moças que fazem sua segurança.

Algumas delas passaram a frequentar o mesmo salão de beleza de dona primeira-dama, o Jacques e Janine de Brasília -quando a ocasião requer tratamento de fino trato.



E-mail joyce@uol.com.br

ABATER A TIROS

Nada a ver com caça aos patos. Versão modernex de ``Carcará'' -tipo pega, mata e come-, a expressão circula no circuito da sedução explícita, para batizar o lance que ainda não rolou -mas está em vias de. Se alguém diz que vai abater a tiros, significa que desta vez a vítima não escapa -de cair na rede.

QUITANDA DA SEMANA

SOM Trilha sonora do filme ``Shine''
LEITURA ``O Livro das Virtudes'', antologia de William J.Bennett
SABOR Chocolate After Eight
LUGAR Acrópolis, Atenas
VERBO Aprimorar
PRAZER Seduzir

E-MAIL

DE: Mauro Freire, expert em beleza
PARA:
Quem não consegue encarar um espelho
``Acorda, Alice!''

AGÁ

Miuccia Prada acaba de emplacar mais uma. Ou melhor, um must -outro. Suas sandálias tipo plataforma, com duas tiras e uma correia no tornozelo, na versão veludo azul, viraram as preferidas das starlets de Hollywood . Wynona Ryder, Sigourney Weaver e Gwineth Paltrow adotaram no ato o hype -à venda nos Estados Unidos por US$ 340.

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