São Paulo, domingo, 24 de março de 2002

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ET + CETERA

O cabaré místico do horror
Apresentado no Festival de Veneza do ano passado, chega às telas francesas o filme "Invencível", de Werner Herzog. A abordagem surrealista dos limites do racional, recorrente nas obras do diretor alemão, preside também a essa narrativa da história verídica de Zishe Breitbart (Jouko Ahola), um "gigante" judeu de origem polonesa que tem seus dotes físicos postos pelo "mágico oficial" (Tim Roth) do regime de Hitler a serviço de um cabaré frequentado por nazistas.

Subterrâneos da arena espiritual
"Não devemos nos esquecer do quanto os dogmas racionalistas do século 18 nos embruteceram -sejamos crentes ou não- para essa complexa arena que chamamos de "espiritual"." A tese é da ensaísta Victoria Nelson, que em "The Secret Life of Puppets" (A Vida Secreta dos Bonecos, ed. Harvard) rastreia o simbolismo religioso, que, a despeito da censura cientificista, continuaria subjacente a expressões culturais modernas, da narrativa fantástica até criações do cinema como Robocop.

A navegação interna
Como um diretor que fixa as "marcações" para o ator no palco, a mente humana tem um mapa cognitivo que orienta os movimentos humanos pelo espaço, segundo indicações -bastante falíveis- de direção e localização. Essa é a discussão, cheia de exemplos às vezes cômicos, levada a cabo pelo engenheiro sueco Erik Jonsson em "Inner Navigation: Why We Get Lost and How We Find Our Way" (Navegação Interna: Por Que Nos Perdemos e Como Encontramos o Rumo, ed. Scribner).



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