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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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ET + cetera

"Matrix" e a colheita humana
K. Eric Drexler, engenheiro que pleiteia ter cunhado o termo "nanotecnologia", rejeita a premissa do filme "Matrix", de que os seres humanos poderiam ser cultivados e colhidos. "O princípio é bobo, mas os assuntos levantados não são", afirma Drexler, presidente do instituto Foresight, organização sem fins lucrativos da Califórnia que promove a nanotecnologia. Sua maior preocupação são pessoas usando a IA "para nos escravizar, por meio do abuso de tecnologias de vigilância".

Criador da IA amaldiçoa pesquisas
"A inteligência artificial sofre de morte cerebral desde os anos 70", alfinetou Marvin Minsky -co-fundador, em 1959, do laboratório de IA do MIT- em palestra na Universidade de Boston. Ele acusa os pesquisadores de desistirem do desafio de construir uma máquina pensante completamente autônoma. "O pior são os estúpidos robozinhos. Estudantes de pós-graduação perdem anos de suas vidas lidando com as máquinas em vez de tentar torná-las inteligentes", acrescentou.

Neo, profissão: relações-públicas
Entre as polêmicas sobre os efeitos de "Matrix" (cuja segunda parte acaba de estrear no Brasil) nas especulações científicas, há quem defenda, como o professor de filosofia William Irwin (Pensilvânia), que, ao ecoar obras de Platão, Descartes e Nietzsche, os filmes resolvem um problema de longa data de relações públicas para a filosofia. "A partir de agora, os estudantes virão para a escola já refletindo sobre o que é real", disse Irwin ao jornal "The Star-Ledger".


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