São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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Gurus da influência social

Paul Lazarsfeld (1901-76)
Matemático austríaco, migrou para os EUA nos anos 1930. Pesquisou sociologia na Universidade Columbia, em Nova York, buscando uma abordagem dos fenômenos sociais mais empírica do que aquela de seus contemporâneos. Lazarsfeld estudou, entre outros temas, a influência da programação de rádio no comportamento.

Solomon Asch (1907-96)
Nascido na Polônia, pesquisou psicologia social na Universidade Columbia. Criticava os psicólogos comportamentalistas por frequentemente separarem os fatos de seus contextos. Estes eram fatores determinantes em pesquisas como a de conformidade, em que uma maioria tentava impor uma opinião evidentemente falsa a um indivíduo, ou no estudo em que uma mesma frase era interpretada diferentemente quando atribuída a Thomas Jefferson ou a Lênin.

Stanley Milgram (1933-84)
Formado em ciência política, o nova-iorquino fez polêmica ao desenvolver seus experimentos sobre obediência à autoridade no programa de psicologia da Universidade Yale. Diante de um aparelho elétrico, ligado a um ator que simulava sofrer com os choques, 62,5% das pessoas testadas acatavam a ordem de acionar a máquina.
Milgram desenvolveu também o experimento do "mundo pequeno", que ficaria conhecido como teoria dos "seis graus de separação", em referência à quantidade média de conexões necessárias para conhecer qualquer pessoa no planeta.

Everett Rogers (1931-2004)
Sociólogo e estatístico norte-americano, formou-se na Universidade do Estado de Iowa. Seus estudos sobre a difusão de inovações se tornaram célebres nos anos 1960.
Foi influente, entre outros motivos, por mostrar a eficiência de campanhas "direcionadas ao cliente", mais do que de campanhas centradas na inovação em si, e por estabelecer relações entre a forma como o novo produto ou hábito chega aos primeiros "adotantes" -e quem são essas pessoas- e o ritmo de difusão daquela inovação.

Duncan Watts
Nascido em 1971 na Austrália, adaptou, como pesquisador na Universidade Columbia, experimentos sociais clássicos a sistemas informatizados. Concluiu que pessoas mais ativas socialmente não são necessariamente mais relevantes quando se trata de criar uma tendência.


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