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Em livro sobre os administradores coloniais do século 18, Laura de Mello e Souza discute historiografia sobre o período
SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
D
urante boa parte
de sua vida acadêmica, a historiadora Laura de
Mello e Souza, 54,
se viu rodeada de documentos carregados de relatos quase sempre envolventes e não
raro sedutores, como os processos de Inquisição e as devassas eclesiásticas.
Foi a partir deles que traçou livros como "Inferno
Atlântico", "O Diabo e a Terra
de Santa Cruz" [Cia. das Letras], que, ao lado de "Os Desclassificados do Ouro" [ed.
Graal], a situam como uma
das mais importantes pesquisadoras do período colonial
no Brasil hoje.
Entretanto, em seu mais
recente trabalho, "O Sol e a
Sombra" [Cia. das Letras],
Mello e Souza -que é filha do
crítico Antonio Candido-
abriu mão desse tipo de relato mais novelesco e mergulhou numa documentação
bastante burocrática. Como
ela mesmo diz, "maçante".
Por ter se proposto a estudar o modo como Portugal
administrava sua mais famosa colônia de além-mar, a
pesquisadora conta que enfrentou uma série de decretos, cartas régias, promoções
militares e afins.
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