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JOSÉ SIMÃO
Buemba! Mostra de Cinema com Pipoca ao Curry!
Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente!
O braço desarmado da gandaia nacional! Direto do FHnistão! E a Mostra de Cinema? Cinema asiático DE NOVO? A gente vai ter que
comer pipoca de pauzinho! E nunca vi tanto
filme hindu! Com legendas em curry. Mostra
Internacional do Frango ao Curry! E todo
ano eu dou a mesma definição da mostra:
um filme estranho falado numa língua esquisita com uma história desconexa visto por
uma gente escalafobética.
E bota língua estranha nisso. Hoje mesmo
você pode assistir "Beijing Bicycle", de Wang
Xiaosguai, falado em mandarim, "Maimil",
de Aktan Abdylaykov, falado em quirguiz,
"Lal Darja", de Buddhadeb Dagupt, falado
em bengali, e "Artanaguat", de Zacharias
Kunur, falado em inuktitut! Bengali, quirguiz
e inuktitut. Só falta um pronunciamento do
FHC falado em tucanês! E tudo língua de país
que não tem água potável!
E o bom da mostra é que você jamais encontrará dois tipos de pessoa: atendente da
Blockbuster e cliente da Blockbuster!
E o ruim da mostra é que você não assiste
ao filme tranquilo. Passa o filme inteiro pensando no que vai dizer depois, quando encontrar aquele monte de gente na saída. Se
você ficar calado, passa por burro. Um burro
de sete cabeças!
E outra definição de mostra: você passa
duas horas em pé esperando o filme começar
e duas horas sentado esperando o filme terminar. Rarará! Mas eu adoro a mostra. Não
vou, mas adoro que tenha! Quem odeia mesmo é aquela amiga minha, que falou: "Se você me vir entrando na mostra, pode chamar a
polícia que é sequestro". Rarará. É mole? É
mole, mas sobe!
E o Zé Gregori, o defensor dos direitos tucanos, com aquelas bochechas de comedor
de bolo engorda marido? É o novo embaixador em Portugal! Portugal?
E lá em Portugal eles entendem tucanês?
Vai ter que ter tradução simultânea do tucanês pro português! E já imaginou o que ele
vai comer de doce? Fatia de parida, pastel de
nata, toicinho do céu, travesseiro de freira.
Vai estourar o colesterol.
Aliás, eu acho que ele é que vai estourar!
BUM! Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Vai indo que eu não vou!
VOU! Pingar o meu colírio alucinógeno!
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