São Paulo, Domingo, 30 de Janeiro de 2000


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NOTAS

1. Gérard Lebrun recebeu esse título da municipalidade paulistana na década de 80. Lembro que o título original de "Passeios ao Léu", publicado pela Brasiliense, era "Passeios Paulistanos". A modificação do título pelo editor não impediu que Lebrun, no prefácio desse livro, justificasse sua escolha inicial, dizendo que, todas as vezes que, de avião, sobrevoava nossa cidade, chegando a São Paulo, tinha a impressão de que o velho Aristóteles tinha razão em sua teoria do "lugar natural".
2. "A verdadeira filosofia ri da filosofia."
3. "Erro, Ilusão, Loucura", em "A Crise da Razão", ed. por Adauto Novaes, Minc-FUNARTE, SP, Companhia das Letras, 1996, págs. 111-134, bem como "Descartes e o Segundo Wittgenstein - O Argumento do Sonho Revisitado", revista "Analytica", vol. 3, nº 1, 1998, págs. 219-246. Retornarei a esses temas, logo a seguir, aqui mesmo no Mais!.
4. Cf. Gérard Lebrun, "Sobre Kant", org. de Rubens Rodrigues Torres Filho, Ed. Iluminuras/Edusp, 1993, págs.15-23.
5. Por exemplo: "Teeteto Voa". Cf. Lebrun, op. cit., pág. 16.
6. Lebrun lembra que apenas Espinosa, em toda a tradição, responde de maneira diferente, desprezando a etiologia psicológica do erro e negando a ele qualquer forma de consistência.
7. Apud Lebrun, op. cit., pág. 17.
8. Lebrun, op. cit., pág. 22.
9. "La Patience du Concept - Essai sur le Discours Hégélien", Gallimard, 1972.
10. Isto é, aquém ou além tanto de Marx como de Heidegger, que me perdoem Kojève e Paulo Arantes.
11. Lebrun, Gérard, "La Patience du Concept", pág. 17.
12. Michel Foucault, "Usage des Plaisirs", Gallimard, pág.14. Que pode haver de comum entre Wittgenstein e Foucault? Talvez a idéia de que compreender um discurso é compreendê-lo a partir das regras sem fundamento que estão em seu fundamento. Já Hegel dizia: "Caminhar na direção do fundo (fundamento) é mergulhar no sem fundo (no abismo)". A crítica da filosofia e a arqueologia do discurso são, talvez, animadas por um mesmo espírito. Lebrun sempre se empenhou em diagnosticar as metamorfoses conceituais, as mudanças de filtragem discursiva da experiência, que nos permitem chegar aos limites e à contingência radical do pensamento.
13. Cf. Gérard Lebrun, "Por Que Filósofo?", in "Estudos Cebrap", 15, 1976, pág. 153: "O que importa a filosofia? O que lhes serve vocês, que (...) -vocês, auxiliares da segurança moral? Esta é a questão que ele põe [o antifilósofo, nota de B. P. Jr." de agora em diante àqueles que pretendem residir em alguma "Verdade" ou alguma "Justiça". Então, que se meça quão uma vez mais a vitória da antifilosofia deve ser completa- ele que permanece, junto de toda a humanidade, na ofensiva e não possui nenhuma estação fixa, nenhuma residência, que numa ocasião qualquer seja obrigado a defender" (D. Hume, "Oitavo Diálogo sobre a Religião Natural')". Sem defender ou buscar base ou "Arché" nenhuma, o antifilósofo é, por definição, anarcôntico.
14. Cf. Gérard Lebrun, "Épilogue: "Devenir de la Philosophie'", em "Notions de Philosophie", 3, Gallimard, 1996, págs. 569-655, texto em que é mais claramente explicitada a concepção de filosofia de nosso autor.
15. O livro grande, "Kant e o Fim da Metafísica", é acessível ao leitor brasileiro em edição da Martins Fontes, na excelente tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura.


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