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Commodities Metais manterão altas e baixas em 2012, prevê Anglo American Gangorra de preços continuará ainda no 1º semestre, devido a incertezas nos EUA e na Europa Com investimento de US$ 1,9 bi, empresa britânica inaugura no Brasil a maior unidade de produção de níquel TATIANA FREITASENVIADA ESPECIAL A BARRO ALTO (GO) A volatilidade (valorização ou desvalorização brusca) que marcou o ano das commodities metálicas deve continuar em 2012, pelo menos até o final do primeiro semestre. A avaliação é da presidente mundial do grupo Anglo American, Cynthia Carroll. A executiva admitiu que os preços dos metais estão demorando mais para se "acalmar" do que o esperado pela empresa e que as altas e baixas vão continuar nos próximos meses -reflexo das incertezas na Europa e nos Estados Unidos. Ela afirma, no entanto, que a instabilidade nas economias desenvolvidas não chegou ao mercado físico, ou seja, não afetou as encomendas e, como consequência, o andamento de projetos em curso. "Nenhum projeto está sendo abortado e não há cancelamento de pedidos. Continuamos vendo boa demanda", afirmou à Folha a executiva, que esteve ontem no Brasil para a inauguração da maior unidade de produção de níquel da mineradora britânica, no município de Barro Alto, no Estado de Goiás. A fábrica, que recebeu US$ 1,9 bilhão em investimentos, irá elevar em 60% a capacidade atual de produção de níquel da empresa. Quando estiver em plena capacidade, o que deve acontecer no final de 2012, Barro Alto deve produzir 41 mil toneladas por ano. Em média, durante os 30 anos de funcionamento, a produção será de 36 mil toneladas por ano. Com isso, a produção mundial de níquel da Anglo American alcançará 66 mil toneladas anuais e a participação da empresa no mercado mundial subirá de 8% para 11%. Apesar da representatividade do projeto para o mercado global, a empresa descarta a possibilidade de superoferta de níquel, o que poderia derrubar ainda mais os preços -neste ano, a cotação em Londres já caiu 27%. O presidente da unidade de negócios de níquel da Anglo American, Walter De Simoni, disse que o preço do níquel cai mais do que o de outros metais, como o cobre, porque se trata de indicador antecedente para o mercado. "Por ter um mercado pequeno em comparação com as outras commodities, de 1,6 milhão de toneladas por ano, o níquel mostra o que vai acontecer com as demais commodities." Apesar de estimativas apontarem excesso de produção de 20 mil toneladas de níquel neste ano, para 2020 a projeção de mercado é de deficit de 600 mil toneladas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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