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Commodities

Agência apura vedação de poço da Chevron

Empresa terá até a próxima semana para comprovar à ANP que o fechamento das fissuras está sendo feito corretamente

Caso não comprove que a cimentação do poço está correta, petroleira poderá sofrer novas sanções da agência

DENISE LUNA
DO RIO

A Chevron tem até a próxima semana para comprovar à ANP (Agência Nacional do Petróleo) que a vedação do poço do campo de Frade está sendo feita de modo eficiente.

Se não fizer isso, outras obrigações poderão ser impostas à empresa, como o monitoramento eterno do poço ou a abertura de um poço de alívio para reduzir a pressão do petróleo no local.

Segundo Magda Chambriard, diretora da ANP, estudos técnicos do processo de cimentação não comprovaram que houve aderência ao poço, tanto no primeiro como no segundo tampão instalados no local, cada um com 350 metros de comprimento.

"O abandono do poço ainda não está completo. Essa bola agora está com a Chevron, ela tem de provar para nós que o que ela fez está certo", disse Magda após cerimônia de despedida do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, que ontem deixou a agência.

Até o fechamento desta edição, a Chevron não havia se pronunciado.

Um acidente durante a perfuração de um poço no campo de Frade, na bacia de Campos, provocou o vazamento de 2.400 barris de petróleo na costa brasileira.

A agência ordenou o abandono total do poço, o que vem sendo feito desde meados de novembro.

"A empresa concluiu o primeiro e o segundo tampões, mas temos de ser convencidos de que a integridade desses tampões está garantida", insistiu a diretora da ANP.

Segundo Magda, a empresa colocou novo equipamento no subsolo para recolher as pequenas gotas de petróleo que ainda se desprendem das fissuras nas rochas. A mancha de óleo, que no auge chegou a 18 quilômetros quadrados, no momento teria uma área de 800 metros por 300 metros, segundo a ANP.

PROCESSOS

A ANP abriu três processos administrativos contra a empresa americana e já apurou dez infrações por causa do acidente. A agência confirmou que a fonte primária do vazamento foi interrompida, mas teme que uma cimentação malfeita provoque um novo derramamento de óleo.

Magda lembrou que a ANP aumentou a fiscalização na exploração de petróleo no Brasil desde o acidente da BP no golfo do México, no ano passado, e desde então já encontrou 682 irregularidades em plataformas -11 foram interditadas.

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