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Commodities

Com preços altos, venda de álcool combustível deve cair 28% em 2011

Recuo será o segundo consecutivo; em contrapartida, consumo de gasolina avançará 18%

Sob influência do menor crescimento da economia, vendas totais de combustível devem crescer só 2,8%

Edson Silva - 9.dez.11/Folhapress
Frentista em bomba de gasolina em Ribeirão Preto; devem ser comercializados 35 bilhões de litros do combustível no ano
Frentista em bomba de gasolina em Ribeirão Preto; devem ser comercializados 35 bilhões de litros do combustível no ano

DO RIO

Os altos preços, causados pela falta de oferta do produto, farão o consumo de álcool hidratado no país despencar pelo segundo ano seguido, de acordo com dados do Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis).

A estimativa é que sejam comercializados 10,8 bilhões de litros em 2011, o que representa uma queda

de 28,4% em relação ao ano passado. Em 2010, as vendas haviam caído 11,3%.

No mesmo período, a gasolina ganhou espaço. O consumo estimado aumentará 18,3% neste ano, passando de 29,8 bilhões de litros para 35,3 bilhões de litros. Em 2010, haviam subido 15,9%.

Ao todo, o mercado de combustíveis crescerá bem menos, influenciado pelo menor ritmo de expansão da economia. As vendas totais aumentarão 2,8% sobre 2010, totalizando 110,4 bilhões de litros. No ano passado, haviam crescido 9,5%.

Alísio Vaz, que preside o sindicato que reúne as principais distribuidoras, evitou fazer estimativas sobre o mercado no ano que vem.

Afirmou que a situação de oferta de álcool anidro, que é misturado à gasolina, deve melhorar, em comparação ao cenário de escassez desse ano.

"Há um aparente excesso de anidro no mercado. Mas, no plano geral, a garantia de oferta só virá com plantio de cana e novas usinas. Talvez possa ocorrer um cenário tranquilo somente em 2014."

DIESEL

O consumo de óleo diesel, que geralmente reflete o movimento da economia, deve subir 4,6%, pelas estimativas do Sindicom. Serão comercializados 51,5 bilhões de litros.

O presidente do Sindicom disse que as empresas ligadas ao sindicato terão 1.500 postos adequados para a venda do diesel menos poluente S50 em fevereiro, atingindo 2.000 postos aptos em maio.

A expectativa é que o S50 seja de R$ 0,06 a R$ 0,08 mais caro que o S500 -diesel com 500 partes de enxofre por milhão de particulados, vendido hoje no país-, que custa R$ 1,20 nas refinarias, sem os impostos.

(CIRILO JUNIOR)

Com o "Valor"

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