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Importação de gasolina vai crescer em 2012 Segundo diretor de abastecimento da Petrobras, necessidade é maior, em cenário de oferta restrita e custosa de álcool De janeiro a novembro, a estatal importou 45 mil barris diários de gasolina, 400% a mais do que a média de 2010 CIRILO JUNIORDO RIO Num cenário ainda de oferta restrita de álcool e elevados preços do produto, a Petrobras vai conviver, em 2012, com mais um ano de importações crescentes de gasolina a fim de suprir a frota de veículos flex do país. Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da estatal, haverá necessidade de maior importação do derivado de petróleo em 2012. Sem a entrada de novas refinarias em 2012 para ampliar a produção interna, a saída, segundo ele, será aumentar as importações. Somente em 2013 está prevista a inauguração de uma nova unidade de refino, em Pernambuco. De janeiro a novembro, a estatal importou, em média, 45 mil barris diários de gasolina, 400% a mais do que a média diária de 2010. Até 2010, a estatal exportava gasolina, mas, com a alta dos preços do álcool e o aumento do consumo de gasolina, o país passou a depender de importações. Costa considera ainda que é provável que o deficit comercial da estatal também aumente em 2012. Até setembro, o saldo negativo ficou em US$ 3,4 bilhões, ante um superavit de US$ 102 milhões no mesmo período de 2010. DIESEL O crescimento da economia em 2012 também vai ampliar o consumo e a importação de diesel, prevê Costa. É nesse produto que a Petrobras tem maior dependência externa. Até novembro, a necessidade de importações de diesel cresceu 19% -para 176 mil barris/dia. "Desde 2009, vários brasileiros subiram de classe social. Eles consomem produtos de linha branca, andam mais de avião. As vendas de produtos têm ligação direta com transporte. E transporte no Brasil é puro diesel." Outro fator que impulsiona o uso de diesel, diz, é o crescimento da safra, com recorde "ano após ano". Segundo Costa, desde 2010, o consumo de combustíveis cresce a taxas superiores às do PIB. Para 2011, a expectativa é que a economia brasileira cresça cerca de 3%. As estimativas para 2012 apontam uma expansão em torno de 4% a 4,5%. Neste ano, as vendas de gasolina avançaram 23,2% até novembro -em 2010, a alta foi de 18%. Já as de diesel saltaram 9,3% de janeiro a novembro de 2011 -pouco abaixo dos 11% de 2010. CRISE A crise mundial não será nenhuma "catástrofe" para a indústria do petróleo, segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. "Não estou considerando que haja um terremoto. Temos instabilidade na Europa, retomada lenta nos Estados Unidos e problemas na economia japonesa. Mas não estamos trabalhando com nenhuma catástrofe", afirmou o executivo, durante café da manhã com jornalistas, na sede da empresa, no Rio. "Nesse cenário, a crise financeira não é nenhum problema para a indústria do petróleo." Ele ainda ressaltou que grandes mercados emergentes, como China, Índia e Brasil, mantêm previsões de expansão dos mercados de derivados. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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