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Mil operários são demitidos da obra de Jirau

Alguns empregados saíram após incêndio; hoje, Justiça do Trabalho inspeciona usina

DE MANAUS

Pelo menos mil operários da obra da usina de Jirau, em Rondônia, foram demitidos desde o incêndio da última terça-feira, que destruiu parte dos alojamentos de funcionários da hidrelétrica.

A informação é da Camargo Corrêa, principal construtora da obra. Segundo a empresa, os próprios trabalhadores pediram desligamento e estão recebendo transporte para suas cidades de origem.

Jirau é uma das principais hidrelétricas planejadas pelo governo federal na Amazônia. Reúne 20 mil operários e tem previsão de começar a gerar energia até o final do ano.

Segundo a Polícia Civil de Rondônia e a Camargo Corrêa, a obra da usina foi retomada parcialmente ontem, após três dias de paralisação em decorrência do incêndio -para a polícia local, a ação foi criminosa e teve a participação de alguns operários.

O sindicato dos trabalhadores não foi localizado ontem. De acordo com a construtora, pelo menos 40% dos 20 mil funcionários estavam em atividade ontem.

Outros 1.400 operários continuavam em hotéis e pousadas de Porto Velho, depois que 36 dos 91 blocos de alojamentos da obra foram destruídos no incêndio.

De acordo com o delegado Jeremias de Souza, que investiga o caso, 17 operários da obra estão presos preventivamente por suspeita do envolvimento no incêndio -a Justiça havia expedido anteontem 24 mandados de prisão.

A suspeita é que funcionários contrários ao fim da greve na usina, aprovado na segunda-feira após 24 dias de paralisação, ajudaram a colocar fogo nos alojamentos.

A Polícia Civil ainda procura 13 operários com mandados de prisão em aberto. "Estamos controlando a situação no canteiro da obra à medida que vamos punindo os culpados", afirma o delegado.

INSPEÇÃO

A Justiça do Trabalho informou que fará hoje inspeção na obra para checar a situação de segurança e acomodação dos trabalhadores.

A medida acolhe proposta feita pelo Ministério Público do Trabalho na quarta-feira.

Caso a vistoria constate precariedade nas instalações, as construtoras poderão ter que pagar R$ 1.000 diários de multa por trabalhador encontrado em más condições.

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