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Engenheiro é preso por destruição de evidências do vazamento da BP Kurt Mix teria apagado mensagens do celular sobre dimensão do desastre, diz governo dos EUA Prisão ocorre dois anos após o maior derrame de óleo da história; pena máxima para o acusado é de 20 anos
O governo dos Estados Unidos anunciou ontem a prisão do engenheiro Kurt Mix, 50, ex-funcionário da petroleira BP, acusado de destruir intencionalmente provas e obstruir a Justiça nas investigações do maior vazamento de petróleo da história do país, ocorrido em 2010 no golfo do México. A prisão de Mix, detido em Houston (Texas), é a primeira relativa ao desastre ambiental, causado pela explosão de plataforma da companhia em 20 de abril de 2010. As autoridades dos EUA estimam hoje que o derrame de óleo protagonizado pela BP (antiga British Petroleum, atual Beyond Petroleum) tenha despejado no mar, durante 90 dias, cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo. O desastre ambiental matou 11 pessoas e motivou um acordo de US$ 7,8 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões) da petroleira com o comitê que representa as milhares de vítimas do vazamento. Na acusação contra o engenheiro, o Departamento de Justiça do governo americano não responsabiliza Kurt Mix pelas causas do desastre, e sim o cita como o responsável por destruir provas sobre a dimensão dele. O engenheiro teria apagado, em agosto de 2010, mais de cem mensagens de texto do seu iPhone, trocadas com um prestador de serviços da BP sobre a quantidade de petróleo que havia vazado do poço após a explosão de abril. Segundo a acusação, o engenheiro apagou as mensagens ciente de que o conteúdo armazenado no telefone seria usado nas investigações -ele teria recebido avisos das autoridades que o obrigavam a preservar os dados. Se condenado, Kurt Mix estará sujeito a uma pena máxima de prisão de 20 anos, além de multa máxima de US$ 500 mil (R$ 940 mil). Segundo o secretário nacional de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, as investigações sobre o caso continuam e podem desencadear outras acusações criminais relacionadas ao vazamento, atingindo outros profissionais e a própria companhia. Em comunicado, a BP, que chegou a pedir desculpas pelo acidente, diz ter feito "esforço substancial" para preservar as evidências do caso. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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