Versão digital dá impulso aos jornais americanos

A circulação dos jornais diários americanos cresceu 0,68% de outubro de 2011 a março deste ano, segundo o ABC (Instituto de Verificação de Circulação). A expansão foi impulsionada pelas assinaturas digitais. O estudo leva em conta 618 publicações.

Aplicativos para tablets ou smartphones ajudaram a elevar a contribuição de assinaturas on-line para o portfólio dos jornais. A participação desse serviço passou de 8,7% do total de assinaturas em março de 2011 para 14,2% em igual mês deste ano.

A circulação das edições digitais avançou 62%, e a das versões impressas caiu 6,7%.

Segundo as regras americanas, os jornais podem contar a mesma assinatura digital mais de uma vez -por exemplo, quando o leitor acessa diariamente o conteúdo em plataformas diferentes, como tablet e smartphone.

Para o ABC, o modelo permite que se analise de forma mais completa a transição para uma leitura multiplataforma das publicações.

O maior jornal em circulação continua sendo o "Wall Street Journal", com 2,1 milhões de exemplares diários.

De outubro a março, o melhor resultado entre os jornais dos EUA foi obtido pelo "New York Times", com alta de 73,05% na circulação diária. Em 2011, a publicação passou a cobrar pelo conteúdo on-line, o que, a médio prazo, estimulou a assinatura.

O "NYT", que tem 779 mil exemplares na edição impressa, é o jornal com o maior número de assinantes digitais. Segundo o ABC, são 807.026. Sem considerar a duplicidade dos assinantes acessando de diferentes plataformas, entretanto, são 454 mil, informa o "New York Times".

Em abril de 2011, menos de um mês após o início da cobrança pelo conteúdo on-line, o "NYT" informara uma base de 100 mil assinantes.