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Ex-executivo do Goldman Sachs é condenado por revelar segredos

KARA SCANNELL
DO “FINANCIAL TIMES”, EM NOVA YORK

Rajat Gupta, ex-integrante do conselho do Goldman Sachs, foi condenado por revelar segredos empresariais ao seu antigo sócio Raj Rajaratnam. Gupta se tornou o executivo de mais alto posto condenado como resultado da repressão do governo norte-americano ao uso indevido de informações privilegiadas em Wall Street.

Um júri formado por oito mulheres e quatro homens condenou Gupta por conluio e fraude financeira em transações com ações do Goldman Sachs conduzidas pelo Galleon, o fundo de hedge de Rajaratnam.

Eles concluíram que Gupta havia informado ao parceiro de que Warren Buffett investiria US$ 5 bilhões no banco e de que a instituição havia sofrido prejuízo no trimestre final de 2008.

Gupta foi inocentado de duas acusações de fraude financeira referente a transações com ações da Procter & Gamble, em 2007, e Goldman Sachs, em 2009.

Gupta ouviu o veredicto calmamente, em companhia de seus advogados, e suas filhas, sentadas duas fileiras atrás do pai no tribunal, começaram a chorar.

A jurada Ronnie Sesso limpou lágrimas dos olhos depois que a decisão do júri foi anunciada. Sesso, 53, disse que "teve dificuldade" para chegar ao veredicto, mas que a mais forte prova eram operações com ações do Goldman Sachs realizadas pelo Galleon apenas minutos depois de telefonemas do acusado e minutos antes do fechamento do pregão. "Seria coincidência demais."

O júri chegou à sua decisão na manhã do segundo dia de deliberações, ao final de um julgamento de quatro semanas.

Gupta, 63, deve ser sentenciado em 18 de outubro e pode ter de ficar preso por dez anos. Seu advogado, Gary Naftalis, disse que Gupta era inocente e sempre havia agido com "inocência e integridade". Disse que o réu recorreria da decisão.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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