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Análise

Tesouro Direto continua melhor aplicação para mais de 6 meses

SAMY DANA
MIGUEL BANDEIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A Selic encontra-se em seu menor patamar de todos os tempos. Mais que isso, a expectativa é que a taxa básica continue caindo nas próximas reuniões do Copom.

Tudo isso, somado às novas regras da poupança, tem levado muitos investidores a questionar quais as melhores alternativas para aplicar as suas economias.

Atualmente, a expectativa de mercado para a Selic no fim de 2012 é de 7,5%. Assim, para ajudar os investidores indecisos, comparamos os retornos da nova poupança com os do Tesouro Direto para a Selic entre 7% e 8%.

Basicamente, o Tesouro Direto paga (em termos brutos) uma taxa maior que a poupança. Por outro lado, as aplicações no Tesouro são tributadas com IR regressivo, enquanto a poupança possui isenção de impostos.

Dadas essas peculiaridades e assumindo uma taxa referencial (TR) mensal de 0,02%, para qualquer patamar da taxa Selic entre 7% e 8%, temos que a rentabilidade da nova poupança só será superior à do Tesouro Direto para investimentos com prazo inferior a seis meses.

Para qualquer prazo de investimento superior a seis meses, o Tesouro Direto terá uma rentabilidade superior à da poupança. Mais que isso, quanto maior o prazo de investimento, maior tende a ser o diferencial de retorno entre Tesouro e poupança.

As aplicações em fundos de investimento são mais difíceis de generalizar, pois cada caso é um caso.

A comparação deve ser sempre feita com fundos de investimento de baixo risco, como os fundos DI.

Nesses casos, os fundos têm, em geral, rentabilidades menores do que a poupança e a renda fixa devido principalmente às taxas de administração, que variam, na maioria dos casos, de 1% a 2,5% e acabam tornando esses investimentos menos atrativos.

Por exemplo, uma taxa de administração de 2% ao ano e uma Selic de 8% significam que três meses do ano são destinados exclusivamente ao pagamento do gestor -um absurdo, dado que o trabalho de gestão de um fundo DI não é dos mais complexos.

Com o novo patamar de taxa de juros, certamente os fundos deverão reduzir drasticamente as taxas de administração, ou não conseguirão competir com o Tesouro Direto e a nova poupança.

SAMY DANA é Ph.D em finanças e professor da EESP-FGV. MIGUEL BANDEIRA é graduando em economia pela EESP-FGV, consultor e conselheiro da CJE-FGV.

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