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Juro ao consumidor para de cair em junho

Inadimplência e crise interrompem ciclo de queda na taxa média, que ficou em 6,2%

DE SÃO PAULO

As instituições financeiras interromperam em junho o ciclo de queda nas taxas de juros do crédito ao consumidor iniciado em novembro do ano passado.

Após cair em maio ao menor nível em 17 anos (6,18%), a taxa média para pessoa física teve uma leve alta e ficou em 6,2% ao mês em junho.

O dado faz parte de levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) em 30 bancos.

Segundo o diretor-executivo da entidade, Miguel Ribeiro de Oliveira, responsável pela pesquisa, a elevação de junho está ligada à inadimplência em alta e à piora na crise externa. "Acho que foi uma subida fora da curva."

A entidade prevê novas reduções nas taxas médias já a partir dos dados de julho.

O alívio da inadimplência esperado para este mês abriria espaço aos ajustes, no embalo dos cortes nos juros básicos e do acirramento da competição entre os bancos.

Caixa e Banco do Brasil diminuíram as taxas em maio para estimular o mercado a fazer o mesmo. O movimento contribuiu para que a média chegasse à mínima histórica da pesquisa.

"Não acho que o movimento de competição se encerrou. É natural que, num momento de inadimplência mais alta, eles deem uma segurada", afirma o diretor da Anefac.

As linhas de crédito pessoal e do crediário foram as responsáveis pelo aumento da média em junho. As taxas para aquisição de bens e do cheque especial recuaram.

Os juros do cartão de crédito permanecem estáveis como os mais altos da pesquisa, em 10,69% ao mês.

(GABRIEL BALDOCCHI)

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