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Análise

Para crescer, vai ser preciso olhar de perto a concorrência

GITÂNIO FORTES
DE SÃO PAULO

Ao lado do café e do suco de laranja, o cacau é uma das chamadas "soft commodities", que têm "a praça de Nova York" como referência para o mercado mundial. Ao contrário das agrícolas com base em Chicago (soja, milho e trigo), as "soft" são mais suscetíveis às crises globais.

Os preços em Chicago se sustentam mais ao refletirem demanda mais ampla. Envolvem a alimentação humana e a nutrição de rebanhos.

É mais fácil para o consumidor abrir mão do suco de laranja pela manhã, do chocolate da sobremesa e do café do fim das refeições do que deixar de lado pão e cereais.

Não por acaso os citricultores vivem uma safra de sufoco e os donos de cafezais cruzam os dedos contra os desdobramentos da crise.

O vento sopra mais a favor da produção de cacau. A cotação da arroba supera R$ 75 no Brasil. Em Nova York, a tonelada passa de US$ 2.600 no contrato futuro com mais liquidez (volume de negócios).

Visar a autossuficiência no Brasil favorece o parque industrial nacional, sem dúvida. Mas o setor precisa avaliar a repercussão de produzir mais no mercado como um todo. Afinal, mais consumo brasileiro foi um dos fatores que levaram os preços internacionais ao patamar atual.

Vai ser preciso inteligência também para interpretar os movimentos dos concorrentes na oferta de matéria-prima -os países do oeste da África e a Indonésia.

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