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Desoneração reduz receita com tributos em setembro

Freio na economia contribui para queda

DE BRASÍLIA

Sob o impacto da desaceleração da economia e dos cortes de impostos, a arrecadação do governo federal caiu em setembro pelo quarto mês seguido.

No mês passado, entraram R$ 78,2 bilhões no caixa da Receita Federal. Descontada a inflação do período, esse valor é 1,08% menor que o registrado em setembro de 2011.

A redução de impostos sobre combustíveis, automóveis e crédito provocou perdas de R$ 1,6 bilhão para a União no mês passado.

Já a desoneração da folha, medida que visa aumentar a competitividade da economia, significou R$ 600 milhões a menos. Por causa disso, a receita previdenciária, que vinha crescendo, ficou quase estável em setembro, em R$ 24 bilhões.

Segundo o secretario da Receita Federal, Carlos Barreto, as perdas com desoneração foram parcialmente compensadas pelo aumento de arrecadação com outros tributos, como PIS/Cofins, devido à alta do consumo.

"Para recuperar a atividade econômica, foi necessário estimular o consumo."

A arrecadação acumulada entre janeiro e setembro de 2012 foi de R$ 751,791 bilhões, valor que representa uma alta real (ou seja, descontada a inflação) de apenas 1,19% na comparação com o mesmo período de 2011.

Um dos principais fatores que puxaram para baixo esse resultado foi a queda da lucratividade das empresas.

No acumulado do ano, a arrecadação com Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) está R$ 4,6 bilhões abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo Barreto, a previsão é que a arrecadação feche o ano com alta de 1,5%, número que pode ser reduzido em novembro. No mês passado, esperava-se alta de até 2%. (MARIANA SCHREIBER)

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