Brasileiros caem em ranking que avalia domínio de inglês

O nível de habilidade em inglês do brasileiro está pior, segundo a pesquisa realizada entre 2009 e 2011 em 52 países, pela Education First.

Hoje, o país está em 46º no ranking, num patamar de proficiência considerado muito baixo. No período de 2007 a 2009, estava em 31º.

A Suécia lidera o ranking. Em seguida, aparecem Dinamarca, Holanda, Finlândia e Noruega, países que completam o grupo de proficiência considerada muito alta.

Entre os Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China), a Índia é o melhor, ocupando a 14ª posição. O Brasil é o pior, já que a Rússia é o 29º, e a China, o 36º no ranking.

Entre os países da América Latina, o melhor é a Argentina (20ª posição), sendo o único com proficiência de inglês moderada. Ao todo, nove países latino-americanos estão à frente do Brasil.

A pesquisa ressalta que o domínio do idioma é um componente necessário para economias direcionadas às exportações. "Uma melhor proficiência em inglês significa rendimentos mais elevados, mais exportações, um ambiente mais propício aos negócios e mais inovação", menciona o relatório.

No mercado de trabalho, os setores com melhor nível do idioma são o de viagens e turismo e o de consultoria. Setores focados no mercado interno, como serviço público e varejo, registram proficiência muito baixa.

A habilidade muito baixa do brasileiro se deve a uma característica cultural, diz o diretor de marketing da consultoria de RH Catho, Luís Testa. "Na Suécia, há opção de inglês para tudo na TV. Não temos contato tão forte com a língua."

O estudo tem como base testes de inglês com 1.668.769 participantes em 52 países, além de dados adicionais de 91.379 estudantes adultos de quatro países que têm o inglês como língua oficial. (EDUARDO VASCONCELOS)