São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

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Bolsa cai 2,3% e é pior aplicação em maio

No ano, índice de ações acumula queda de 6,8%; com inflação menor, aplicações conservadoras são destaque no mês

Poupança tem retorno de 0,65%, ante variação de 0,43% do IGP-M; cotado a R$ 1,58, dólar avança 0,45% em maio
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Em maio, o investidor continuou a sofrer nas aplicações de maior risco, mas teve um pouco mais de alívio nas alternativas conservadoras, com a desaceleração da alta dos preços, o que melhorou o retorno da renda fixa.
Mais uma vez, a Bolsa de Valores foi a "lanterninha" no rol das aplicações: o Ibovespa, "termômetro" do mercado acionário, recuou 2,3% em maio. No ano, acumula perda de 6,8%.
E as perspectivas de curto prazo ainda são pouco animadoras: enquanto os EUA enfileiram indicadores frustrantes, a crise europeia ainda assombra, com os problemas acumulados de Grécia, Portugal e Irlanda, além da apreensão com a Espanha.
Para os otimistas, caso os mercados ganhem alguma tranquilidade em relação ao drama financeiro desses países nos próximos meses, as Bolsas de Valores estariam "liberadas" para uma onda de recuperação, provavelmente no segundo semestre.
Por essa visão, os atuais "preços baixos" das ações seriam um "ponto de compra" para investidores mais afeitos a risco. Mas essa visão não é unânime.
"Eu não antecipo nenhum desastre à vista para a Bolsa, mas também não vejo motivos para voltar a subir", afirma Miguel Dauod, analista da Global Financial Advisor.
Além da crise europeia, o especialista lembra os problemas com a inflação doméstica. "Esse arrefecimento foi temporário. Nós temos a questão dos salários, e o etanol também deve ficar mais caro [no próximo semestre]."
Boa parte do mercado trabalha com mais três ajustes modestos da taxa básica de juros nos próximos meses, antes que o Banco Central estanque o ciclo de alta.

POUPANÇA
E a alta do juro tende a favorecer a renda fixa. No mês passado, enquanto o índice de preços IGP-M subiu 0,43%, a poupança, aplicação mais popular do país, teve um retorno de 0,66%, e o CDB, de 1,03% (sem descontar impostos e taxas).
Já o dólar subiu 0,45% neste mês, para R$ 1,58. Para especialistas, dificilmente ele deve avançar muito mais, já que a moeda americana mais barata ameniza pressões sobre a inflação.


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