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"Mais aluguéis beneficiam o mercado"
DE SÃO PAULO
O crescimento do aluguel
de ações melhora o funcionamento do mercado, afirma Luis Antônio Vicente,
diretor de Administração de
Risco da BM&FBovespa.
Segundo ele, o aumento
dessas operações evita a
distorção de preços dos ativos. Assim, se uma ação está subvalorizada ou, ao contrário, supervalorizada, investidores fazem operações
de "long/shot", arbitrando
os preços.
Por exemplo, se as ações
ordinárias e preferencias da
Vale têm, historicamente,
uma diferença de cerca de
R$ 6, quando esse intervalo
aumenta, investidores buscam lucro com operações
de arbitragem.
Nesse caso, os investidores alugam e vendem o papel que vale mais (Vale ON)
e compram o mais barato
(PN). A tendência é a diferença cair. Eles, então, vendem o papel PN, compram o
ON e devolvem o ativo.
Essas operações de arbitragem costumam ser feitas
também entre papéis do
mesmo setor, como ações
de duas siderúrgicas ou de
duas empresas de telefonia.
Outro benefício do aluguel de ações, diz Vicente, é
garantir que quem comprou
a ação vá recebê-la depois.
"Se um investidor vender
um papel e não entregá-lo,
imediatamente a BM&FBovespa aluga as ações no nome dele e entrega o papel",
explica Vicente.
O aluguel de ações movimentou, no total, R$ 44,2 bilhões em setembro na
BM&FBovespa. Fundos são
os que mais alugam papéis
para outros operadores
(30,22%) e são também os
que mais tomam papéis alugados de terceiros (53%).
Pessoas físicas representam
4,78% dos que tomam e
24,7% dos que alugam para
outros operadores.
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