São Paulo, sábado, 02 de abril de 2011

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Disputas judiciais marcaram o leilão da empresa

DE SÃO PAULO

Das 12h11 às 17h47. Esse foi o tempo que durou o leilão de privatização da Vale, em 6 de maio de 1997, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Depois de muitas disputas judiciais, com duas liminares da Justiça Federal contra o leilão sendo cassadas ao final da tarde, o consórcio liderado pelo empresário Benjamin Steinbruch (controlador da CSN), comprou a Vale com a oferta de R$ 3,38 bilhões por 41,73% das ações com direito a voto.
O valor representava ágio de 19,98%. Cada ação acabou sendo vendida por R$ 32 -o preço mínimo havia sido fixado em R$ 26,67.
Do lado de fora, muita tensão e manifestantes contrários ao leilão ameaçando invadir o prédio da Bolsa.
Houve conflito entre os manifestantes e policiais, com sete pessoas feridas.
Após o leilão, o ministro do Planejamento, Antônio Kandir, disse que o resultado deixou o governo "agradavelmente surpreso".
O presidente Fernando Henrique Cardoso declarou, em Montevidéu, que "houve ágio, isso é bom e mostra que o governo agiu direito".
O presidente do Senado, José Sarney, viu "erro histórico na privatização, que pode servir para dividir o país".
Quando recomendou que a Vale fosse privatizada, a consultoria britânica LatInvest Securities argumentou que a empresa "era uma péssima fonte de receita tributária devido aos incentivos concedidos pelo Estado".


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