São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

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Otimismo na UE e nos EUA eleva Bolsas

Pacote na Espanha, venda de títulos em Portugal e criação de vagas no setor privado americano impulsionam mercados

Bolsa de SP inicia o mês com valorização de 2,4%; NY ganha 2%, e Europa tem maior avanço em três meses

EPAMINONDAS NETO
SÃO PAULO

Epicentros da crise mundial, as economias dos Estados Unidos e da Europa forneceram ontem sinais um pouco mais animadores.
A Espanha anunciou ontem novos esforços para domar seus problemas fiscais e reconquistar a confiança dos mercados.
E Portugal, um dos países "visados" pelos mercados, conseguiu captar 500 milhões (cerca de US$ 656 milhões), ainda que pagando juros bem mais altos na comparação com uma operação semelhante feita há duas semanas.
Nos Estados Unidos, o setor privado surpreendeu, ao revelar a criação de 93 mil vagas no mês de novembro, uma cifra bem acima das estimativas.
A criação de empregos é justamente um dos pontos fracos no processo de recuperação dos EUA.
Esse ponto foi sublinhado no "Livro Bege", uma visão geral dessa economia elaborada pelo banco central do país. Segundo os integrantes do BC local, "os empresários ainda esperam sinais mais claros de expansão dos negócios antes de aumentar significativamente suas folhas de pagamento".
Apesar dessa ressalva, analistas viram, de maneira geral, um tom mais positivo no relatório deste mês na comparação com a edição de outubro.
"Não dá para soltar rojão. Esses números somente sugerem que essa economia está avançando em ritmo moderado, de forma consistente. A boa notícia é que aquela hipótese de recessão fica cada vez mais afastada", comentou Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.
Os mercados responderam à altura às novidades. Na Europa, as ações tiveram a maior valorização (2%) diária dos últimos três meses, conforme o índice que reúne os principais papéis negociados na região.
Em Wall Street, o Dow Jones, "termômetro" do mercado monitorado por todo o mundo, subiu mais de 2%.
E a Bolsa brasileira, que em novembro levou seu pior "tombo" (4,2%) mensal desde maio, subiu 2,4%.


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