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Otimismo na UE e nos EUA eleva Bolsas
Pacote na Espanha, venda de títulos em Portugal e criação de vagas no setor privado americano impulsionam mercados
Bolsa de SP inicia o mês com valorização de 2,4%; NY ganha 2%, e Europa tem maior avanço em três meses
EPAMINONDAS NETO
SÃO PAULO
Epicentros da crise mundial, as economias dos Estados Unidos e da Europa forneceram ontem sinais um
pouco mais animadores.
A Espanha anunciou ontem novos esforços para domar seus problemas fiscais e
reconquistar a confiança dos
mercados.
E Portugal, um dos países
"visados" pelos mercados,
conseguiu captar 500 milhões (cerca de US$ 656 milhões), ainda que pagando
juros bem mais altos na comparação com uma operação
semelhante feita há duas semanas.
Nos Estados Unidos, o setor privado surpreendeu, ao
revelar a criação de 93 mil vagas no mês de novembro,
uma cifra bem acima das estimativas.
A criação de empregos é
justamente um dos pontos
fracos no processo de recuperação dos EUA.
Esse ponto foi sublinhado
no "Livro Bege", uma visão
geral dessa economia elaborada pelo banco central do
país. Segundo os integrantes
do BC local, "os empresários
ainda esperam sinais mais
claros de expansão dos negócios antes de aumentar significativamente suas folhas de
pagamento".
Apesar dessa ressalva,
analistas viram, de maneira
geral, um tom mais positivo
no relatório deste mês na
comparação com a edição de
outubro.
"Não dá para soltar rojão.
Esses números somente sugerem que essa economia está avançando em ritmo moderado, de forma consistente. A boa notícia é que aquela
hipótese de recessão fica cada vez mais afastada", comentou Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.
Os mercados responderam
à altura às novidades. Na Europa, as ações tiveram a
maior valorização (2%) diária dos últimos três meses,
conforme o índice que reúne
os principais papéis negociados na região.
Em Wall Street, o Dow Jones, "termômetro" do mercado monitorado por todo o
mundo, subiu mais de 2%.
E a Bolsa brasileira, que
em novembro levou seu pior
"tombo" (4,2%) mensal desde maio, subiu 2,4%.
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