São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Lei opõe produtor de ração ao de aves e suínos Uma lei sancionada pelo ex-presidente Lula ao final do mandato gera atritos entre produtores de aves e suínos, de um lado, e fabricantes de ração, de outro. A lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, promove desonerações tributárias na produção de mercadorias que serão consumidas na Copa do Mundo, em 2014. A produção de aves e suínos foi incluída na lei. Assim, o recolhimento de PIS e Cofins está suspenso em toda a cadeia, dos fornecedores de grãos aos frigoríficos. Mas outras espécies animais ficaram fora da lei, o que levou dúvidas à indústria de ração. A maioria das indústrias produz ração para diferentes espécies. Por isso, um tratamento tributário específico para cada animal dificultaria a operacionalidade da lei. O vice-presidente executivo do Sindirações (sindicato da indústria de alimentação animal), Ariovaldo Zani, lembra que boa parte dos insumos usados na fabricação de rações para aves e suínos é a mesma que vai no preparo de alimentos para bois, peixes e até animais domésticos. Como só o insumo destinado à produção de aves e suínos teve PIS e Cofins suspensos, seria preciso segregar a matéria-prima antes de usá-la. "Isso é praticamente inviável para quem tem fábrica de ração mista", afirma Zani. A lei entrou em vigor na data de sua publicação, mas, até agora, a indústria de rações não se adequou a ela. Segundo o tributarista Bruno de Aguiar, o setor aguarda uma Instrução Normativa, com orientações sobre como aplicar a medida. O fato é que o valor equivalente à alíquota de 9,25% referente a PIS e Cofins deveria estar sendo descontado do preço da ração desde o final do ano passado. Há semanas, produtores de aves e suínos reivindicam com a indústria de rações esse desconto, em um momento de forte alta do preço de insumos, como o milho. A nova lei, portanto, veio a calhar para o setor; falta "pegar". Efeito câmbio e renda O Brasil comprou 40% mais vinho argentino em 2010, com o maior crescimento entre os clientes do vizinho. Com a importação de US$ 54 milhões, passou o Reino Unido -agora na terceira posição- entre os maiores compradores do produto. Os EUA ainda lideram, segundo dados da Wines of Argentina. Mais algodão A estimativa do Imea para a área plantada de algodão em Mato Grosso na safra 2010/11 subiu 13% em janeiro, em relação a dezembro. A cultura deve ocupar 671 mil hectares no Estado, área 60% maior do que na safra anterior. Pouca oferta Os frigoríficos paulistas trabalham com programação apertada para o abate, entre 3 e 4 dias -sinal de que a oferta de bovinos é restrita. A falta de animais mantém o preço da arroba acima de R$ 100 em uma época em que o consumo é tradicionalmente fraco. De novo, o clima O preço do açúcar atingiu o maior patamar em 30 anos. A passagem do ciclone Yasi pelas plantações de cana da Austrália gera temores sobre mais restrição na oferta. Em Nova York, o primeiro contrato fechou a US$ 0,35 por libra-peso, alta de 4%. Em 30 dias, a valorização é de 20%. OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Chicago TRIGO (US$ por bushel) 8,63 MILHO (US$ por bushel) 6,69 Nova York CAFÉ (cent.de US$)* 250,40 ALGODÃO (cent.de US$)* 176,22 *por libra-peso TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise/Bovinocultura: Crise na pecuária de corte argentina é dramática Próximo Texto: Temor paralisa recuperação da Bolsa Índice | Comunicar Erros |
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