São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2011

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Consumo alto é a principal preocupação

DO RIO
DE SÃO PAULO


Em 2010, o terreno foi propício para o consumo graças ao crédito farto e barato, à renda em expansão e ao emprego ascendente. O resultado foi uma expansão de 7% da demanda das famílias.
Foi a sétima alta anual consecutiva e a mais expressiva da nova série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
Se o consumo foi o principal pilar do PIB em 2010, está também no topo das preocupações do governo desde o fim do ano passado. O motivo é o seu potencial para alimentar ainda mais a inflação, já em ritmo crescente.
No último trimestre de 2010, o consumo das famílias se acelerou e cresceu 2,5% ante o terceiro trimestre.
Para Alessandra Ribeiro, analista da Tendências, o resultado realimentou o receio de que seja ainda mais difícil combater a inflação neste ano e trazê-la para o centro da meta do governo em 2012.
Em 12 meses, o IPCA, índice oficial de inflação, fechou janeiro em 5,99% e a perspectiva é que ele supere o teto da meta (6,5%) nos próximos meses.
Diante disso, analistas já esperam um aperto adicional na política monetária. Neste ano, o Banco Central subiu os juros duas vezes -em 0,5 ponto percentual.
Fernando Montero, economista-chefe da corretora Convenção, crê, porém, numa freada do consumo neste ano. "A inflação vai ter um impacto sobre a renda dos consumidores e a política fiscal vai deixar de ser tão expansionista."


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