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FOCO
Valorização do real torna SP a cidade mais cara das Américas
DE SÃO PAULO
O fortalecimento do real
em relação ao dólar fez com
que São Paulo avançasse 51
posições no ranking das cidades mais caras e passasse
a ser o local com preços mais
altos das Américas, passando até mesmo Nova York.
Segundo levantamento
anual da consultoria Mercer,
São Paulo aparece em 21º lugar entre as cidades mais caras para estrangeiros. Nova
York, que é um parâmetro
nesse tipo de estudo, é a mais
cara dos EUA, em 27º.
Outras duas cidades brasileiras aparecem no ranking
das cidades mais caras: Rio
de Janeiro, em 29º lugar, e
Brasília, em 70º. Na edição
do ano passado, o Rio aparecia na 73ª posição.
O avanço das cidades brasileiras é um reflexo da alta
do real, que foi a moeda que
mais se valorizou no mundo
em 2009 e, até o fim de março
deste ano (quando a pesquisa da Mercer foi feita), tinha
subido 2,2% ante o dólar.
Para comparar os custos
de vida em 214 cidades, a
consultoria levou em consideração diversos itens, como
preços de aluguel de apartamento de dois quartos, ingresso no cinema, CD e uma
xícara de café.
Para ter uma ideia, segundo o estudo, um quilo de macarrão em São Paulo custa
mais que o dobro do que em
cidades como Paris e Roma.
No topo do ranking da
Mercer, está Luanda, em Angola, seguida de Tóquio e
Ndjamena, no Chade. A mais
barata é Karachi (Paquistão).
A valorização do real tem
feito com que as cidades brasileiras despontem em outros
estudos semelhantes.
No mês passado, a consultoria britânica ECA International apontou o Rio de Janeiro como a cidade mais cara
das Américas.
E, outra vez, as brasileiras
deram um salto: o Rio, que
era a 132ª mais cara em 2009,
se tornou a 28ª. No caso de
São Paulo, o avanço no ranking foi de 95 postos, para o
52º lugar, enquanto Brasília
avançou da 152ª para a 54ª
posição.
(ÁLVARO FAGUNDES)
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