São Paulo, sábado, 05 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Pauta de importação passará por "pente-fino" Objetivo é identificar fraudes e sobretaxar AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse ontem que o ministério vai passar um "pente-fino" nos 12 mil itens da pauta de importações brasileira. A meta é identificar produtos subfaturados e aplicar sobretaxas para proteger a indústria. O plano do governo federal é criar uma nova estratégia de defesa comercial, mais firme do que a utilizada pelo país até agora. "Não vamos elevar alíquota de forma indiscriminada. Vamos examinar com lupa a balança comercial, item por item, e aplicar as sobretaxas previstas nas regras da OMC [Organização Mundial do Comércio]", disse Pimentel. A alíquota máxima para a imposição de barreiras tarifárias é de 35%. O ministro citou três setores muito afetados pelas importações: calçados, têxteis e eletroeletrônicos. Por ordem do governo, o Inmetro também vai entrar na força-tarefa contra os importados chineses. O instituto vai incluir cerca de 120 novos produtos-entre eletroeletrônicos e autopeças- na lista daqueles que têm que levar o selo de qualidade. O objetivo é impedir a importação de itens de má qualidade -em geral identificados como vindos da China. Apesar de a indústria ter crescido 10,4% em 2010, a evolução da balança comercial preocupa o governo. Segundo a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), o deficit comercial gerado pelos setores químico, farmacêutico, eletroeletrônico e de máquinas e equipamentos foi de US$60,6 bilhões (R$ 101 bilhões) no ano passado, cifra 44% superior a 2009. Colaborou JULIANA ROCHA, de Brasília Texto Anterior: Redução no ICMS afeta indústria, afirma CNI Próximo Texto: Brasil perde indústrias para outros países Índice | Comunicar Erros

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